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Brasiléia é o oitavo município com maior incidência de dengue no Acre. Dados da Secretaria de Estado de Saúde do estado mostram que até 14 de março deste ano, 90 casos foram notificados. A incidência é de 342 casos para cada 100 mil habitantes, o que deixa as autoridades em Saúde em alerta.
Para conter o avanço da dengue, a Secretaria de Saúde tem enviado, desde novembro, equipes para os principais municípios com maior risco de ocorrência de surto. Foram articuladas ações com profissionais de saúde, além de outras secretarias como de educação e limpeza urbana.
Márcia Andréa Morais, chefe do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde do Acre, alerta a população para os recipientes utilizados para armazenamento de água, um dos principais criadouros do mosquito.
“Desde a entrada do Aedes no nosso estado, que ocorreu em 1995, observa-se que o criadouro preferencial, vamos dizer assim, onde há o maior número de focos, são justamente os reservatórios de armazenamento de água. São os tambores, barris, os tonéis, esses que são colocados a nível do solo. Ou seja, não são aquelas caixas d’água elevada. Esse tem sido o nosso grande problema, porque temos um sistema de abastecimento que ainda não atende às necessidades de toda a população do estado. Então a gente observa que a maioria dos criadouros dos mosquitos são exatamente nesses depósitos de armazenamento de água.”
O Acre está em situação de alerta por causa do surto de dengue, de acordo com o Ministério da Saúde. Os números mais recentes da Secretaria de Saúde do estado apontam que mais de 5 mil casos foram notificados neste ano. A taxa de incidência é de 642 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Apenas Paraná e Mato Grosso do Sul apresentam maiores taxas de incidência.
Dos 22 municípios do estado, oito estão com alta incidência de dengue. Além de Brasiléia, seguem em alerta Cruzeiro do Sul, Assis Brasil, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Tarauacá, Xapuri e Epitaciolândia. Esses municípios registram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Outros oito municípios estão com média incidência e seis estão com baixa incidência da doença.
O coordenador-geral de Vigilância em Arboviroses do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, dá dicas de prevenção que a população deve fazer periodicamente para diminuir os criadouros do mosquito da dengue.
“A gente chama a população para participar efetivamente para reduzir os criadouros dentro de suas casas. Então, é importante estar atento à caixa d’água, se ela está aberta ou não, a limpeza das calhas, a verificação constante da presença de água em bandeja de ar-condicionado, geladeira, dos pratinhos de vasos de planta. Acondicionar adequadamente aqueles produtos que estão nos quintais, como garrafas, latas, que podem ser utilizadas.”
Segundo a Secretaria de Saúde de Brasiléia, as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti continuam. A colaboração da comunidade é essencial para eliminar os focos de dengue.
A luta contra o Aedes não pode parar. E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.