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O agronegócio do Tocantins movimentou quase R$ 16,6 bilhões entre janeiro e setembro deste ano. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o estado é o 13º produtor agropecuário do país. E, no que depender da tecnologia 5G, os produtores tocantinenses vão ganhar eficiência e competitividade nos próximos anos.
O primeiro desafio é garantir que a internet chegue ao campo. As propriedades rurais do estado, em sua maioria, não têm acesso à internet, seguindo tendência nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Segundo o último Censo Agropecuário, de 2017, 71,8% dos estabelecimentos rurais do Brasil não possuíam conexão.
Segundo especialistas, a implementação da quinta geração de internet móvel vai causar impactos mais significativos no agronegócio e na indústria, graças à chamada Internet das Coisas, ou IoT (do inglês Internet of Things).
A Internet das Coisas é o que permite que as máquinas se comuniquem entre si, o que fará diferença no processo de automatização da produção no campo, seja na agricultura ou na pecuária. Gustavo Brito, executivo da IHM, explica que, por meio da tecnologia, um produtor conseguirá monitorar as culturas.
“Através de um IoT, eu consigo medir a umidade do solo e identificar a necessidade hídrica de uma cultura de grãos, por exemplo, e por meio de algoritmo se define quais são os parâmetros de irrigação necessários para aquele dia ou para a semana. Eu consigo melhorar a gestão de consumo de água e energia”, afirma.
A agricultura de precisão não será a única a se beneficiar com o 5G, mas a criação de gado e de outros animais também será mais eficiente. Segundo Antonio Bordeaux, especialista em IoT, será possível, por exemplo, monitorar o gado por meio de pequenos dispositivos eletrônicos e tornar mais efetiva a locomoção dos animais, saber a hora certa do abate e diminuir as perdas por roubo.
Sétimo maior produtor agropecuário do país, Mato Grosso do Sul deve se beneficiar com chegada do 5G
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No entanto, para que tudo isso seja possível é preciso garantir que a internet chegue às propriedades rurais do Tocantins. É aí que o leilão do 5G entra, pois as operadoras que vão explorar o serviço no país terão que ampliar a conexão de 4G para as localidades com mais de 600 habitantes, o que abrange boa parte do campo.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB/AC), presidente da subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha a implantação da tecnologia 5G no Brasil, destaca como a Internet das Coisas, que já é possível com o 4G, pode impactar o setor agrícola. “Da mesma forma, uma máquina que está no campo em uma grande plantação no Nordeste brasileiro, por exemplo, poderá ser manuseada ou operada por um trabalhador que vai estar no Norte do Brasil. Isso tudo vai ser possível com essa nova tecnologia virtual, que com certeza vai aumentar a produtividade na indústria brasileira e no agronegócio”, diz.
O leilão do 5G é considerado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o maior de radiofrequência da história do país. No certame, foram ofertadas quatro faixas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Pense nessas faixas como rodovias no ar, por onde passam as ondas eletromagnéticas responsáveis pelas transmissões de TV, rádio e internet.
De acordo com o Ministério das Comunicações, o agronegócio poderá crescer até 20% ao ano com a instalação do 5G. Especialistas destacam que a tecnologia é até 100 vezes mais rápida que a geração de internet móvel atual.
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