Foto: Ministério da Saúde
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Campanha de vacinação contra gripe e sarampo entra na última semana com adesão abaixo de 35%

Dados do Localiza SUS mostram que cobertura vacinal entre o público-alvo está longe das expectativas do Ministério da Saúde

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A Campanha de Vacinação contra a Gripe e Sarampo do Ministério da Saúde entra em sua última semana de mobilização com baixa adesão por parte do público-alvo. De acordo com o Localiza SUS, apenas 33,8% das quase 79 milhões de pessoas receberam a vacina contra a Influenza. Já a cobertura vacinal contra o sarampo é de 29,3% entre as crianças de 6 meses e menores de 5 anos que, juntas aos profissionais de saúde, são o foco da campanha. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a segunda etapa da vacinação contra a gripe e o sarampo acaba na próxima sexta-feira (3). No caso da proteção contra o vírus Influenza, causador da gripe, idosos e trabalhadores de saúde receberam prioridade na primeira etapa. A nova fase é voltada para os seguintes grupos:

  • Crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade; 
  • Gestantes e puérperas;
  • Povos indígenas;
  • Professores;
  • Comorbidades;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
  • Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
  • População privada de liberdade.

Quando do lançamento da campanha contra as duas doenças, o ministro Marcelo Queiroga já chamava a atenção para a necessidade de o público-alvo da mobilização se dirigir a uma das 38 mil salas de vacinação. “Nós já pagamos um preço muito alto no passado, pessoas que morreram por doenças que eram absolutamente evitáveis por campanhas de vacinação eficiente.”

Entre o público-alvo da campanha contra a gripe existem grupos prioritários, que são crianças, trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores. Desses, apenas os idosos têm cobertura vacinal acima dos 50%. No caso das puérperas (mulheres em pós-parto), a adesão é apenas 22,5%. Confira abaixo o percentual (%) de vacinados em cada um dos grupos prioritários. 

  • Idosos (50,6%)
  • Trabalhadores de saúde (49,1%)
  • Crianças (30,1%)
  • Professores (29,7%)
  • Indígenas (27,1%)
  • Gestantes (23%)
  • Puérperas (22,5%)

Sarampo
Enquanto a campanha de vacinação contra a gripe já vai para sua 24ª edição, a campanha contra o sarampo está na oitava. O Brasil ficou um ano sem registrar nenhum caso da doença e, em 2016, o sarampo foi considerado erradicado do país pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). 

Mas o Brasil voltou a registrar ocorrências do sarampo em 2018, o que fez o Ministério da Saúde voltar a fazer mobilizações frequentes contra a doença. O objetivo da campanha deste ano é interromper a circulação do vírus e reduzir complicações e o número de óbitos pela doença, disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde. 

“O grande objetivo da vacinação contra o sarampo é interromper a circulação ativa do vírus do sarampo no país, minimizar a carga da doença, proteger a população, além de reduzir a sobrecarga sobre o sistema de saúde em decorrência de mais esse agravo.”

Dos dez estados que têm os piores índices de cobertura vacinal na campanha contra o sarampo, seis deles são da Região Norte do país. Rondônia tem a adesão mais baixa entre no grupo das crianças que têm entre seis meses e quatro anos de idade:  8,2%. Em seguida vêm Amapá (8,7%), Rio de Janeiro (16,6%), Pará (17%) e Acre (18,1%). O estado que mais vacinou foi a Paraíba, com cobertura de 49,2%, ainda abaixo da metade do público-alvo. 

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