LOC.: A Campanha de Vacinação contra a Gripe e Sarampo do Ministério da Saúde entra em sua última semana de mobilização com baixa adesão por parte do público-alvo. De acordo com o Localiza SUS, apenas 33,8% das quase 79 milhões de pessoas receberam a vacina contra a Influenza. Já a cobertura vacinal contra o sarampo é de 29,3% entre as crianças de 6 meses e menores de 5 anos que, juntas aos profissionais de saúde, são o foco da campanha.
A segunda etapa da vacinação contra a gripe e o sarampo acaba na próxima sexta-feira (3). Entre os grupos prioritários estão idosos, trabalhadores da saúde, crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos de idade, gestantes, puérperas, indígenas e professores.
Quando do lançamento da campanha contra as duas doenças, o ministro Marcelo Queiroga já chamava a atenção para a necessidade de o público-alvo da mobilização se dirigir a uma das 38 mil salas de vacinação.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
“Nós já pagamos um preço muito alto no passado, pessoas que morreram por doenças que eram absolutamente evitáveis por campanhas de vacinação eficiente.”
LOC.: O Brasil ficou um ano sem registrar nenhum caso de sarampo e, em 2016, a doença foi considerada erradicada do país pela Organização Pan-Americana de Saúde, a OPAS. Mas o Brasil voltou a registrar ocorrências do sarampo em 2018, o que fez o Ministério da Saúde voltar a fazer mobilizações frequentes contra a doença.
O objetivo da campanha deste ano é interromper a circulação do vírus e reduzir complicações e o número de óbitos pela doença, disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.
TEC./SONORA: Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.
“O grande objetivo da vacinação contra o sarampo é interromper a circulação ativa do vírus do sarampo no país, minimizar a carga da doença, proteger a população, além de reduzir a sobrecarga sobre o sistema de saúde em decorrência de mais esse agravo.”
LOC.: Dos dez estados que têm os piores índices de cobertura vacinal na campanha contra o sarampo, seis deles são da Região Norte do país. Rondônia tem a adesão mais baixa entre no grupo das crianças que têm entre seis meses e quatro anos de idade: 8,2%. Em seguida vêm Amapá (8,7%), Rio de Janeiro (16,6%), Pará (17%) e Acre (18,1%). O estado que mais vacinou foi a Paraíba, com cobertura de 49,2%, ainda abaixo da metade do público-alvo.
Reportagem, Felipe Moura