LOC.: A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) a medida provisória que regulamenta o teletrabalho e altera regras do auxílio-alimentação. Agora, o texto será analisado pelo Senado Federal.
O advogado trabalhista e conselheiro estadual da OAB de São Paulo, Afonso Paciléo, explica que a proposta regulamenta a adoção do modelo híbrido de trabalho. Nesse caso, os colaboradores vão poder atuar a maior parte dos dias remotamente e a outra presencialmente, ou vice-versa.
TEC./SONORA: Afonso Paciléo, advogado trabalhista e conselheiro estadual da OAB/SP
“O novo regime híbrido proporciona um gerenciamento melhor do horário de trabalho pelo empregado, mais qualidade de vida, maior mobilidade e menos tempo perdido em congestionamentos de trânsito. Além disso, a produtividade aumenta. Já para os empregadores, é sensível o ganho com redução de despesas de aluguel, condomínio, água, luz e limpeza, além do incremento da produtividade.”
LOC.: Diovane Zica é sócio gerente de tecnologia de uma empresa que atua como desenvolvedora de software, com sede em Brasília (DF). Desde o início da pandemia, a empresa adotou o formato home office para cumprir exigências referentes ao distanciamento social. Mas ele conta que, de lá para cá, a produção da companhia apresentou resultados satisfatórios, sem elevação da carga de trabalho. Por isso, ele pretende continuar com esse modelo daqui para frente.
TEC./SONORA: Diovane Zica, sócio gerente de tecnologia de empresa desenvolvedora de software
“Houve, realmente, um aumento de produtividade bruto, entre 20% e 25%, com esse formato de trabalho. Isso nos fez entender que é possível fazer a gerência das coisas que fazíamos presencialmente também no formato home office.”
LOC.: O texto considera que a presença do trabalhador no ambiente físico do trabalho para tarefas específicas, mesmo que de forma habitual, não descaracteriza o trabalho remoto.
Em relação ao auxílio-alimentação, a medida determina que ele seja utilizado somente para pagamento de refeição em restaurantes ou de gêneros alimentícios comprados no comércio.
Reportagem, Marquezan Araújo