Data de publicação: 30 de Junho de 2023, 20:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:32h
A safra de verão do Paraná teve saldo positivo em função dos rendimentos alcançados pelas principais culturas do estado, como a soja, o milho primeira safra e o feijão primeira safra. É o que afirma a técnica do Departamento Técnico Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP/SENAR-PR), Ana Paula Kowalski.
“Essas boas produtividades permitiram ao estado voltar aos bons patamares de produção que nós vínhamos registrando ano após ano e que foi quebrado na safra anterior em função da seca. Então pra soja que continua sendo o nosso carro-chefe do verão, foram produzidas 22,5 milhões de toneladas —e o milho primeira safra, 3,8 milhões de toneladas”, explica.
A técnica reforça que a primeira safra do milho tem uma menor produção, pois os produtores optam por plantar mais soja e aumentar a produção do milho na segunda safra. O Paraná lidera a produção de feijão. E o produto teve uma produção de cerca de 200 mil toneladas nesta safra.
Segundo Kowalski, a retomada dos bons patamares de produção do estado na safra de verão se deve principalmente ao clima favorável, pois na safra anterior, episódios de seca e veranicos atrapalharam a produção. “Então o clima ajudou para que o produtor plantasse nas condições adequadas e tivesse principalmente chuva ao longo do período, ao longo da safra para que a lavoura se desenvolvesse bem”, avalia.
As perspectivas para o milho segunda safra são boas, pois as chuvas das últimas semanas no estado proporcionaram um melhor desenvolvimento das lavouras. A técnica explica que como a cultura foi implantada um pouco atrasada, o inverno pode dificultar o desenvolvimento da oleaginosa.
“Nós tivemos uma redução da área de milho em função do atraso no plantio, então muitas áreas não puderam ser plantadas dentro do período adequado do zoneamento. Houve uma grande migração da área que seria dedicada ao milho segunda safra para o trigo. O trigo está ocupando uma área aproximada de 1,4 milhão de hectares e teve um aumento de 12% nesta safra em comparação com a anterior”, esclarece.
Kowalski avalia que o primeiro grande fator de preocupação para os produtores nesse momento é a diminuição dos preços de venda dos seus produtos como a soja, o milho, o trigo e feijão. Apesar das altas produções dessas culturas, os custos foram elevados, resultando em menor rentabilidade para os produtores.
“Muitos produtores não conseguirão cobrir seu custo total e alguns inclusive nem mesmo o operacional. Então esse fator de mercado é o que mais preocupa os produtores nesse momento”, comenta.
A técnica expõe que o anúncio do Plano Safra gera grande expectativa no mercado, pois permite ao produtor acessar recursos e, principalmente, taxas de juros mais baixas através do crédito rural, viabilizando melhor a sua produção.
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