Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação
Combata o mosquito todo dia. Foto: Divulgação

Birigui e região estão em estado de alerta para dengue

Dos 18 municípios da microrregião paulista, 17 registraram casos de dengue e nove têm índices de infestação considerados críticos pelo Ministério da Saúde

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A taxa de incidência de dengue na região, ou seja a quantidade de pessoas com a doença a cada 100 mil habitantes, é uma das mais altas do país. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a zika e a chikungunya. A  paulista Tereza Cristina de Souza, de 60 anos, foi vítima do Aedes aegypti por quatro vezes: teve dengue três vezes e pegou zika uma vez. 

Em todas as vezes, Tereza teve febre e outros desconfortos. "Fiquei ruim por uma semana", ela contou. A dona de casa também sentiu dores nas juntas e na cabeça, além de boca amarga e vermelhidão no corpo. Quando pegou zika, os olhos também ficaram vermelhos.

A taxa de incidência de dengue na região de Birigui exige atenção dos moradores para aumentar os cuidados com recipientes que podem juntar água e servir de criadouro do Aedes aegypti. A região composta por 18 municípios registrou casos de dengue em 17 deles. Nove cidades têm incidência da doença em níveis considerados críticos pelo Ministério da Saúde.  

O município de Buritama foi o que registrou maior número de infecções. Foram 946 casos. Birigui vem em segundo lugar em casos de dengue: foram 638 confirmados. O coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, explica que, hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país. Mas ele lembra que isso não quer dizer que as cidades próximas não devam se preocupar. 

“O vírus da dengue tem um potencial de distribuição geográfica muito rápida e muito grande", informa Peterka. Por isso, a expansão é rápida principalmente em áreas vizinhas, regiões metropolitanas, acrescenta o coordenador.

Situação do País

O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.

O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.

Cuidados necessários 

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas.

Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina. 
 

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