Data de publicação: 20 de Julho de 2021, 03:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:28h
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 0,3 ponto em julho deste ano, atingindo 62,0 pontos. A alta no mês, embora pequena, é a terceira consecutiva. O patamar no qual o índice se encontra é o mais elevado para um mês de julho desde 2010 e foi influenciado principalmente pela percepção mais positiva das condições da economia brasileira.
Bahia tem o sexto maior PIB do Brasil, com R$ 250,5 bilhões. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB industrial do estado é de R$ 54,0 bilhões, equivalente a 4,1% da indústria nacional. O estado, que é o quarto mais populoso do país, emprega cerca de 364.603 trabalhadores no segmento.
O senador Angelo Coronel (PSD/BA) destacou a importância do índice e da união entre o empresário, o estado brasileiro e, principalmente com o trabalhador, para que o estado possa se reerguer da crise causada pela pandemia. “Se o empresário acredita no País, ele vai investir. Se ele investe, ele é obrigado a contratar mais. Se ele contrata vai gerar salário e se aumenta o salário, o brasileiro aumenta o seu poder de compra”, afirmou.
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O ICEI é composto por dois índices: de Condições Atuais e de Expectativas, todos os componentes registraram avanço em junho de 2021. Destaca-se a alta do Índice de Condições Atuais, cujo crescimento demonstra uma percepção mais positiva do estado atual da economia brasileira e das empresas. O índice cresceu 4,6 pontos, de 50,2 para 54,8 pontos, se afastando, assim, da linha divisória de 50 pontos que separa uma percepção negativa de uma percepção positiva das condições atuais.
O Índice de Expectativas, que já estava em um alto patamar, avançou 2,5 pontos, atingindo 65,1 pontos, o que indica ainda mais otimismo da indústria para os próximos seis meses. O índice vem oscilando há alguns meses, mas se mantém em patamar elevado, acima do registrado antes da pandemia.
Segundo o professor de economia do Ibmec, William Baghdassarian, tudo funciona com base nas expectativas. À medida em que se acredita que a economia vai melhorar os investidores já começam a atuar.
“Essa melhora do índice representa um maior otimismo do setor industrial principalmente com relação à economia brasileira nos próximos meses. Isso tem uma pegada boa porque você acaba fomentando o investimento e os empresários não vão esperar a economia brasileira crescer para começar a investir”, afirmou.
A confiança aumentou em 29 dos 30 setores da Indústria analisados. Todos os setores da Indústria estão confiantes, ou seja, apresentam índices de confiança acima dos 50 pontos.