Foto: Katja Just (Pixabay)
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Sistema Seridó gera expectativa de desenvolvimento e riqueza ao Rio Grande do Norte

Projeto deve começar entre janeiro e fevereiro de 2021 com objetivo de saciar a necessidade de água em uma região altamente carente de recursos hídricos no interior do estado

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A chegada de 2021 vai trazer um motivo a mais para a população do Rio Grande do Norte comemorar a mudança de ano: entre janeiro e fevereiro deve ter início o projeto do Sistema Seridó, uma obra que tem o objetivo de levar água a uma população que convive com a carência de recursos hídricos.

Há poucos dias, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) divulgaram a abertura de licitação para a construção do Sistema Seridó. O processo vai selecionar a empresa que vai elaborar o projeto executivo e estudos complementares para as obras.

Além disso, o Governo Federal vai investir R$ 51 milhões de reais para garantir a segurança hídrica no estado, sendo que desse valor a maior será voltada para a barragem Oiticica, que fica com R$ 40 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para a continuidade desse empreendimento.

O projeto do Seridó nasce da necessidade de se fazer a distribuição de água em uma região altamente carente de recursos hídricos, localizada no interior do estado do Rio Grande do Norte. Para isso, foi elaborado um projeto que aproveita a transposição do Rio São Francisco - que atravessa o estado em dois pontos – sendo assim, possível oferecer à população uma parcela da água.

“São adutoras que levam parte dessa água recebida pela transposição do São Francisco, já tratada para o consumo e chega a mais de 20 cidades da região”, explicou o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte, João Cavalcanti. Pelos cálculos do secretário, que foi um dos idealizadores deste projeto, essa ação pode beneficiar mais de 300 mil pessoas que moram pela área e desenvolvimento para a região.

“A filosofia do projeto é fazer o abastecimento humano através de adutoras e liberar os reservatórios regionais, os municipais, para a produção agrícola. Isso significa que não terá mais necessidade de disputa por água entre os usuários, para consumo humano, e usuários para produção agrícola, os irrigantes. O projeto tem uma filosofia muito importante, inclusive, para o desenvolvimento regional”, avaliou Cavalcanti.

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Durante o lançamento da licitação do Sistema Seridó, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, comentou sobre o modelo de planejamento desenvolvido da região conhecida como Vale do Cilício, nos Estados Unidos, para ressaltar os possíveis impactos econômicos e sociais para a região brasileira.

“A segurança hídrica, ao longo de sua história, tem mais de cem anos de políticas exitosas e contínuas, porque são políticas de Estado. E o que nós estamos instituindo é uma política de Estado que vai permanecer independente de quem esteja no governo. Segurança hídrica é um fator civilizatório, de geração de emprego, renda e oportunidade. Com ela, as pessoas têm a capacidade e a condição de sobreviver e prosperar”, afirmou o ministro.  

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