Data de publicação: 10 de Agosto de 2020, 10:27h, Atualizado em: 10 de Agosto de 2020, 11:23h
Duas propostas de emenda à Constituição que suspendem a aplicação do texto de gastos estão prontas para irem à votação no Senado. As PECs querem impedir que o limite de gastos do governo atinja o Sistema Único de Saúde (SUS) e propõem a suspensão da Emenda Constitucional nº 95 durante o período de calamidade pública, decretada em decorrência da pandemia da Covid-19.
A emenda do teto de gastos estabelece que o Executivo só pode aumentar as despesas de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Promulgada em 2016, o objetivo da proposta era conter o crescimento descontrolado dos gastos públicos.
Estados e municípios pedem socorro financeiro devido à baixa arrecadação durante a pandemia
Primeiro semestre de 2020 tem o pior resultado em mais de 20 anos: déficit de R$ 417 bi
Autores das propostas que pretendem suspender o teto de gastos, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Zenaide Maia (Pros-RN) afirmam que o SUS deixou de receber bilhões em recursos. O primeiro parlamentar sugere que a flexibilização ocorra por dois anos a partir da publicação. Já a segunda, pede que o teto de gastos seja suspenso até 2022.