Data de publicação: 04 de Novembro de 2020, 02:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
Apesar dos efeitos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus, o mês de outubro foi de boas expectativas para o empresário que atua no Rio Grande do Norte. Essa avaliação se dá a partir do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que aponta estabilidade no último mês, ao ficar em 57,4 pontos. A diferença é de apenas 0,1 ponto em relação ao resultado do mês imediatamente anterior.
Mesmo com essa pequena variação, o indicador apresentou o melhor resultado para o mês de outubro desde 2012. Naquele ano, o ICEI atingiu 61,2 pontos. A gerente da Unidade de Economia e Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Sandra Lúcia Barbosa, acredita que esse desempenho se deve ao processo de retomada da economia, com a reabertura dos negócios, mesmo durante a pandemia.
“Com as paralizações, a economia praticamente parou. O comércio ficou sem matéria prima e, com a reabertura da economia, toda essa demanda que estava reprimida, que estava contida e não podia ser satisfeita pôde ser realizada. Isso repercutiu na indústria, O comércio começou a fazer muita demanda para suprir essa falta, e isso levou ao aumento da produção na indústria”, explica Sandra.
A gerente ressalta, ainda, que a confiança não leva em conta somente as expectativas otimistas para os próximos seis meses. Segundo ela, a análise também se baseia nas perspectivas atuais dos negócios, comparativamente aos últimos seis meses.
De acordo com o levantamento, houve redução do ponto avaliado entre os empresários da Construção. No entanto, os que atuam nas indústrias Extrativas e de Transformação se mostram mais confiantes do que estiveram no mês de setembro. Quando a análise é feita por portes, no entanto, nota-se que as médias e grandes indústrias permanecem confiantes, enquanto as pequenas ainda seguem inseguras.
“Empresas de grande porte são mais independentes de recursos do sistema financeiro. Ou seja, elas conseguem se autofinanciar, de ir ao mercado, ainda que seja para pagar mais caro nos insumos e matérias primas. Isso, por outro lado, não ocorre com as empresas de menor porte. Elas dependem desses recursos que, no momento, estão difíceis de conseguir. Essas companhias menores também estão endividadas”, pontua Sandra Lúcia Barbosa.
Recorte nacional
Assim como o Índice de Confiança do Empresário Industrial do Rio Grande do Norte, o balanço divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no dia 10 de outubro, que levou em conta dados nacionais, também apresentou estabilidade no indicador. No Brasil, a pontuação passou de 61,6 para 61,8 pontos, na passagem de setembro para outubro.
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Mesmo com o resultado, o ICEI do conjunto do país encontra-se 8,6 pontos acima de sua média histórica, 2,5 pontos sobre o índice de outubro de 2019, que foi de 59,3 pontos. Em relação ao Nordeste, o ICEI chegou a 59,1 pontos. Ou seja, 2,1 pontos abaixo do indicador de setembro, quando a pontuação foi de 61,2; e 0,8 pontos abaixo do indicador de outubro de 2019, que foi de 59,9 pontos.