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Projeto “Na Fábrica” visita empresas no Pará, para aproximar o setor industrial e o governo do estado. Até agora, o projeto já passou por 19 estabelecimentos, entre eles CBAA – Asfaltos, Flamboyant, Tradelink Madeiras e Barbosa & Barbosa. A iniciativa é promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), com o Sistema Fiepa e com o Centro de Indústrias do Pará (CIP).
Durante a visita, a comitiva busca conhecer e entender a estrutura produtiva e de competitividade de cada empresa, estabelecendo um canal de relacionamento entre as partes. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Carlos Ledo, detalha o objetivo do projeto.
“O objetivo é dotar os agentes públicos do estado de conhecimento sobre a organização produtiva, mercado e desafios dessas indústrias, instaladas no Pará, diante da necessidade de inovar e competir; além de proporcionar, através de políticas públicas, o desenvolvimento dessas empresas, ou seja, remover os obstáculos”. Segundo o secretário, o projeto é importante para que o governo estadual entenda os problemas que as empresas industriais enfrentam no cotidiano.
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Participaram das visitas do projeto “Na Fábrica” o titular da Sedeme, Carlos Ledo; o coordenador da Diretoria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviço da pasta, Mauro Barbalho; o secretário adjunto de Trabalho, Emprego e Renda, Miriquinho Batista; o diretor de Estratégia e Relações Institucionais da Codec, Pádua Rodrigues; o vice-presidente da Fiepa e presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), José Maria Mendonça; e a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico de Ananindeua, Ivelane Catarini.
Para o economista Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor de Finanças Públicas e Regimes Especiais do Banco Central, é fundamental a participação do Estado – seja na esfera municipal ou estadual – no setor produtivo; e recomenda a criação de um “balcão do empresário”.
“Não é concessão de subsídios, mas é tirar obstáculos, tirar entraves. Toda prefeitura, todo estado, deveria ter, na sua Secretaria de Economia, um ‘balcão do empresário’. É preciso que o Estado esteja na retaguarda; não assumindo os riscos – para isso ele [empresário] tem os lucros – mas é dando apoio, tirando obstáculos”, afirma.
Ao recomendar o “balcão do empresário”, o economista Carlos Eduardo de Freitas diz que se inspira no antigo Balcão do Exportador, da extinta Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil, que retirava obstáculos da exportação brasileira.
O secretário Carlos Ledo cita algumas demandas das empresas que já estão sendo transformadas em políticas públicas, como por exemplo, a retomada do cultivo de malva e juta, a partir de uma visita realizada em empresa têxtil.
“Um dos exemplos é o encaminhamento que a Sedeme está promovendo para viabilidade da retomada do plano de cultivo da malva e da juta, na Ilha do Marajó, que surgiu a partir da visita realizada na empresa Companhia Têxtil de Castanhal”. Segundo o secretário Carlos Ledo, também será realizado um encontro setorial para o desenvolvimento da cultura de malva e juta do estado, que envolverá a participação da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, do Banpará e da Emater-PA.
O titular da Sedeme, Carlos Ledo, também citou a demanda das empresas Flamboyant (produtora de iogurtes e bebidas lácteas) e a Barbosa & Barbosa (fabricante de postes, subestações de concreto e balcões pré-moldados), que solicitaram à Sedeme a equivalência tributária, para garantir maior competitividade no mercado nacional e para assegurar o crescimento da empresa. A pasta já encaminhou as demandas para a Secretaria de Estado da Fazenda.
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