Foto: Júlia Seabra/Secom UnB
Foto: Júlia Seabra/Secom UnB

Pesquisadores da UnB estudam eficácia de imunobiológicos no tratamento da Covid-19

Estudo tem como foco encontrar terapias de recuperação a pacientes em estado grave


Pesquisa em desenvolvimento na Universidade de Brasília (UnB) pretende utilizar medicamentos da classe de imunobiológicos na recuperação de pacientes infectados pela Covid-19. Os imunobiológicos são substâncias terapêuticas compostas por sistemas biológicos vivos. Um exemplo desse tipo fármaco é a vacina contra a gripe, que usa o vírus inativo da Influenza, causador da doença, para imunizar o paciente. 

No estudo, os pesquisadores da instituição vão utilizar anticorpos contra o vírus que serão injetados em pacientes infectados para neutralizar a Covid-19 no organismo dessas pessoas. Essas substâncias serão produzidas em laboratório. Além disso, o projeto também tem entre os seus objetivos a produção de moléculas que possam reduzir a carga viral e a inflamação em pacientes em estado grave. 

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Segundo a professora e coordenadora da pesquisa, Anamélia Lorenzetti, do Departamento de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da UnB, essa etapa será fundamental para impedir que o pulmão do infectado venha a ter complicações o que pode evitar, por exemplo, que o paciente precise ser intubado. De acordo com ela, nesse estágio do estudo, os pesquisadores vão tentar diminuir a quantidade de citocinas no pulmão que são proteínas que podem aumentar a inflamação no órgão. 

“Essa resposta imuniza o pulmão e evita que haja danos colaterais, como edemas [formação de líquido no órgão] e formação de fibroses [aumento de fibras]. Há uma série de fatores que podem ocorrer com esse órgão como um processo de inflamação muito grande, com muitas citocinas, e pretende-se diminuir isso [nesta fase do estudo]”.

O tratamento a ser elaborado a partir da conclusão da pesquisa tem como foco evitar eventuais complicações que a Covid-19 pode ocasionar em pacientes, como o aumento da carga viral da doença no organismo e danos no tecido pulmonar da pessoa infectada. 

Investimento

O projeto é desenvolvido com recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação, e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (Fap-DF).

O presidente da Capes, Benedito Aguiar, acredita que pesquisas como a desenvolvida na UnB demonstram a importância da ciência brasileira, principalmente durante a atual pandemia.  “É muito importante essa mobilização que ocorre no país pela busca de soluções para prevenção no combate à pandemia da Covid-19.”

A pesquisa foi aprovada em um edital da Capes que também vai custear quatro bolsas de doutorado e seis de pós-doutorado. Além de tratamentos contra a Covid-19, o estudo também poderá ser útil na elaboração de terapias de outras doenças que causam processos inflamatórios.

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LOC.: Pesquisa em desenvolvimento na Universidade de Brasília (UnB) pretende utilizar medicamentos da classe de imunobiológicos na recuperação de pacientes infectados com a Covid-19. Os imunobiológicos são substâncias terapêuticas compostas por sistemas biológicos vivos. Um exemplo desse tipo fármaco é a vacina contra a gripe, que utiliza o vírus inativo da Influenza, que é o causador da doença, para imunizar o paciente. 

No estudo, os pesquisadores da instituição vão utilizar anticorpos contra o vírus que serão injetados em pacientes infectados para neutralizar a Covid-19. Essas substâncias serão produzidas em laboratório. Além disso, o projeto também tem entre os seus objetivos a produção de moléculas que possam reduzir a carga viral e a inflamação em pacientes em estado grave. 

Segundo a professora e coordenadora da pesquisa, Anamélia Lorenzetti, do Departamento de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da UnB, essa etapa será fundamental para impedir que o pulmão do infectado venha a ter complicações, o que pode evitar, por exemplo, que o paciente precise ser intubado. De acordo com ela, nesse estágio do estudo, os pesquisadores vão tentar diminuir a quantidade de citocinas no pulmão, que são proteínas que podem aumentar a inflamação no órgão. 
 

“Essa resposta imune o pulmão e evita que haja danos colaterais, como edemas [formação de líquido no órgão] e formação de fibroses [aumento de fibras]. Há uma série de fatores que podem acontecer com esse órgão como um processo de inflamação muito grande, com muitas citocinas, pretende-se diminuir isso.”


LOC.: A parte teórica do estudo já está concluída. Nos próximos meses, os pesquisadores vão realizar experimentos em laboratório. Caso esse estágio apresente êxito, animais serão submetidos a experimentos e depois seres humanos. A pesquisa deve ser concluída em três anos. 

O tratamento a ser elaborado a partir da conclusão da pesquisa tem como foco evitar eventuais complicações que a Covid-19 pode ocasionar em pacientes, como o aumento da carga viral da doença no organismo e danos no tecido pulmonar da pessoa infectada. 

O projeto é desenvolvido com recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação, e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (Fap-DF). O presidente da Capes, Benedito Aguiar, acredita que pesquisas como a desenvolvida na UnB demonstram a importância da ciência brasileira, principalmente durante a atual pandemia.

“É muito importante essa mobilização que ocorre no país pela busca de soluções para prevenção no combate à pandemia da Covid-19.”


LOC.: A pesquisa foi aprovada em um edital da Capes que também vai custear quatro bolsas de doutorado e seis de pós-doutorado. Além de tratamentos contra a Covid-19, o estudo também poderá ser útil na elaboração de terapias de outras doenças que causam processos inflamatórios.
    
Reportagem: Paulo Oliveira