Data de publicação: 04 de Agosto de 2020, 10:45h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:28h
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, afirmou que os gastos do setor público para o enfrentamento da pandemia podem resultar em um déficit primário de R$ 812,2 bilhões neste ano. O valor, segundo ele, corresponde a 11,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é considerado o mais alto já registrado pela série histórica de acompanhamento do índice.
De acordo com o Ministério da Economia, as projeções levam em conta uma queda de 4,7% do PIB em 2020. Pelo balanço, apenas o governo central terá uma dívida bruta correspondente a 94,7% da soma das riquezas do País. Em 2019, a taxa chegou a 75,8%. Waldery, no entanto, acredita que o impacto na economia seja contido até o final do ano.
Os detalhamentos sobre os gastos relacionados à pandemia foram repassados por integrantes da equipe econômica do governo aos parlamentares da comissão mista que avalia os impactos financeiros da Covid-19. As despesas devem atingir a marca de R$ 505 bilhões.
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Entre ações que envolvem esses gastos, o secretário especial de Fazenda destacou a ajuda financeira a estados e municípios, que deve somar R$ 60, 2 bilhões até o fim de 2020. Até o momento, metade do dinheiro já foi repassado. Também foi feita uma complementação de R$ 16 bilhões para os fundos de participação dos estados e dos municípios (FPE e FPM).