LOC.: Uma fita dupla face e glitter. Materiais simples, mas que nas mãos de seis estudantes paulistas se transformaram em armas para prevenção ao novo coronavírus. A ideia, batizada de Glittertape, conquistou o 3º lugar no Torneio Sesi de Robótica – Desafio Relâmpago – Volta às Aulas, competição criada para que estudantes de todo o Brasil apresentassem soluções para o retorno seguro às aulas presenciais.
O projeto da equipe AC/DC/EG, do Colégio Eduardo Gomes, em São Caetano do Sul (SP), tem o objetivo de diminuir a contaminação pelo novo coronavírus em ambientes de uso comum nas escolas, como banheiros, onde o risco de contágio é maior. O glitter pode indicar um caráter lúdico, normalmente motivo de diversão para a criançada, mas é peça fundamental de um assunto muito sério, explica Sophia Montanari, 15 anos.
TEC./SONORA: Sophia Montanari, estudante
“Você só vai pegar uma fita dupla face específica para ambientes úmidos, passar glitter em uma das superfícies e colocar a outra face em superfícies de alto contato dos banheiros escolares. Ou seja, toda vez que a criança encostar nessa superfície, como uma descarga ou uma maçaneta, ela vai ficar com glitter na mão, representando o coronavírus de uma forma totalmente visual. Então, ela vai ver que está contaminada e que precisa lavar as mãos até ficar sem glitter.”
LOC.: O caminho até a premiação exigiu bastante estudo e empenho da equipe, que se debruçou sobre outras iniciativas para prevenção da Covid-19 entre as crianças. Nem a pandemia da Covid-19 e o distanciamento social foram obstáculos para que o projeto fosse adiante, já que os alunos se reuniram diversas vezes por videochamada.
A ideia deu tão certo durante os testes que os membros da equipe conduziram, que vai sair do papel e ajudar o Colégio Eduardo Gomes no combate à Covid-19, principalmente entre as crianças, alvos do projeto, após as férias escolares.
Técnico da equipe, o professor Reginaldo Pereira, se disse orgulhoso do trabalho que os seus alunos fizeram, não apenas pela classificação final no desafio, que contou com 120 concorrentes, mas pela solução apresentada.
TEC./SONORA: Reginaldo Pereira, técnico
“Em um tempo de tanta dificuldade, eu percebi neles, como professor, empenho, gosto pelo estudo, pela pesquisa, pela ciência, de buscar as coisas. A gente se sente muito feliz.”
LOC.: Além de um troféu e medalhas pela conquista, a equipe foi convidada para participar do festival Sesi Robótica, que deve ocorrer em maio. Quatro membros do time vão receber passagens e hospedagem do Sesi para apresentarem o projeto.
Reportagem, Felipe Moura.