Foto: Arquivo pessoal
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Gerente técnico do Censo 2021 esclarece como será feita a pesquisa em meio a pandemia

Em um bate papo exclusivo com o portal Brasil 61.com, Luciano Duarte deu detalhes de como deve acontecer a coleta de dados este ano diante da crise sanitária

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O Censo Populacional, realizado a cada dez anos, seria feito em 2020 e foi adiado para 2021, por causa da pandemia do novo coronavírus. Em um bate papo exclusivo com o Brasil 61.com, o gerente técnico do Censo 2021, Luciano Duarte, deu detalhes de como deve acontecer a coleta de dados este ano em meio ao receio da população diante da crise sanitária. O início está previsto para o dia primeiro de agosto. 
 
“Estamos trabalhando e já temos um protocolo de segurança. Os agentes estão todos instruídos a fazer o uso de máscara, álcool em gel, face shield e não ter aproximação com os informantes”, afirmou. 

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Os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem por objetivo contar os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros, produzindo informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos, tanto da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo. 

O Censo também é a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos municípios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanas, cujas realidades dependem de seus resultados para serem conhecidas e terem seus dados atualizados.
 
Todos os municípios recebem a coleta para fazer parte da estatística. Duarte destacou o processo participativo entre o instituto e os gestores locais. “A participação das prefeituras é importantíssima na realização do censo, são parceiros. Em geral, a gente conta com as prefeituras, por exemplo, para espaço de instalação dos postos de coleta. Espaço disponível também para a realização dos treinamentos dos supervisores recenseadores.” 

Segurança de dados

Além da questão sanitária, outra grande preocupação da população que vai receber os recenseadores em casa é o medo de cair em golpes. Quanto a isso, Duarte enfatizou que todos que farão a coleta domiciliar devem estar devidamente identificados. 
 
“Todos os agentes vão estar paramentados, com seu colete e crachá. Esse crachá tem um QR code que a pessoa pode escanear ali na hora e conferir diretamente a identidade desse agente”, afirmou.
 
O concurso para as vagas de recenseador, que vai de porta em porta entrevistando moradores dos domicílios brasileiros, já está aberto e as inscrições podem ser feitas até o dia 19 de março. São 204.307 vagas temporárias, em quase todos os municípios, com salários de até R$ 2.100. 
 
Toda a população é obrigada por lei a dar informações ao IBGE. Serão aplicados dois questionários, um básico, que é feito a toda a população e um aliado, para uma amostra de 11% dos municípios. O gerente técnico garante o sigilo das informações. “O IBGE detém o uso dessas informações estritamente para estatísticas e serão divulgadas em nível adequado. Nenhuma informação pessoal, como por exemplo o nome da pessoa, vai ser publicado”, disse.

O gerente reforçou o apelo à população de que recebam os recenseadores em casa. “É um produto muito importante para o País. Exerça a cidadania respondendo às perguntas do Censo Demográfico”, destacou. 
 
A previsão é que seja divulgado o primeiro resultado do Censo, que é o total populacional para os municípios, no início do ano que vem e a partir daí existem várias publicações temáticas.

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