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Data de publicação: 23 de Novembro de 2020, 23:00h, atualizado em 23 de Novembro de 2020, 20:29h
LOC.: A pandemia causada pela Covid-19 gerou muitos gastos e altos investimentos para governos de todo o mundo de uma maneira inesperada. Aqui no Brasil, a situação econômica segue o mesmo rumo das demais nações atingidas violentamente pelo coronavírus. Com crescimento da dívida pública, criação de programas de ajuda financeira e injeção maciça de recursos na saúde, o País já passa dos R$600 bilhões de reais em medidas para combater a doença, impactando diretamente nos cofres da União. De acordo com Benito Salomão, mestre e doutorando em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o impacto dessas ações custa caro.
TEC./SONORA: Benito Salomão, mestre e doutorando em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia.
“O impacto primário em 2020 é, sem dúvida nenhuma, o maior déficit primário da história da economia brasileira. Algo em torno de R$600 bilhões de reais. E é provável que até dezembro isso fique em torno de R$800 bilhões, o que é realmente elevado. Isso impõe a necessidade de permanência do teto de gastos para 2021 e 2022. Não é momento de se rever o teto de gastos.”
LOC.: De acordo com informações do Ministério da Economia, a maior despesa até o momento foi a criação e manutenção o Auxílio Emergencial, com R$ 321,8 bilhões (52% do total gasto). O benefício financeiro concedido aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados para proteção no período de enfrentamento da pandemia. Apesar de importante, essa ajuda deve acabar esse ano, explica o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.
TEC./SONORA: Waldery Rodrigues, o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia.
“Não há uma previsão, por exemplo, de extensão do auxílio emergencial, pois nós entendemos que a calamidade é o período conforme foi decretado pelo Congresso Nacional em 20 de março. E esse período encerra no dia 31 de dezembro deste ano, por tanto, essa é a data que trabalhamos para a contingência.”
LOC.: Sobre a possibilidade de manter o Estado de Calamidade Pública para 2021, o Ministério da Economia não trabalha com gastos que passem para o ano seguinte. As orientações da área econômica são as de restringir os gastos.