LOC.: O Ministério da Educação preparou um Protocolo de Biossegurança para oferecer condições mínimas para a retomada das aulas em universidades e outras instituições de ensino. O documento define os cuidados que devem ser tomados para evitar a propagação do novo coronavírus nas 69 universidades federais e nos 41 institutos federais do país, como distanciamento de um metro e meio entre mesas e cadeiras e a medição da temperatura de alunos, professores e funcionários.
Segundo o secretário de Ensino Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, a definição de quando as aulas retornam ainda não foi tomada.
TEC/SONORA: Wagner Vilas Boas, secretário de Ensino Superior do MEC
“Vários reitores já me comunicaram que aprovaram nos conselhos universitários alguns retornos à atividades acadêmicas de forma remota agora em julho e alguns em agosto. Mas isso não depende da gente porque envolve a questão da autonomia universitária”.
LOC.: O MEC orienta ainda que as instituições de ensino dispensem todos os estudantes e servidores que fazem parte dos grupos de risco do novo coronavírus, como pessoas com diabetes ou hipertensão. Outro cuidado a ser tomado é o reforço de limpeza de superfícies nesses locais, como corrimãos, bebedouros e catracas. Ao mesmo tempo, nos casos que forem possíveis, a prioridade é adotar aulas virtuais. Na quinta-feira (9), o MEC vai se reunir com representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir um possível cronograma unificado de retomada das aulas.
Enquanto isso, para ajudar universidades e institutos federais a desenvolverem atividades a distância, o Ministério da Educação também anunciou que vai disponibilizar internet gratuita para um milhão de alunos em situação de vulnerabilidade social. O benefício é voltado a alunos com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. A expectativa do governo federal é que a internet chegue aos alunos até 20 de julho. Apesar dos esforços, a volta das atividades presenciais ainda deve demorar na avaliação de gestores locais, como o reitor do Instituto Federal de Tocantins, Antônio da Luz Júnior
TEC/SONORA: Antônio da Luz Júnior, reitor do Instituto Federal de Tocantins
“Quando se fala na retomada das atividades presenciais, isso só será possível quando houver confirmação da existência de uma vacina e a disponibilização em massa para a população. Só assim vamos conseguir garantir um ambiente seguro para os nossos estudantes e servidores.”
LOC.: Dos 41 institutos federais espalhados pelo país, 28 estão com as atividades suspensas, com 658 mil alunos sem aulas. 13 unidades desenvolvem atividades on-line. A mudança no calendário acadêmico por conta da pandemia também paralisou as atividades de 54 das 69 universidades, deixando 877 mil graduandos sem ensino presencial. Somente 10 universidades adotam atividades remotas, segundo o MEC.
Reportagem, Daniel Marques