Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Turismo aponta para retomada de índices pré-pandemia

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil indicam que, em julho, índice do tráfego aéreo brasileiro chegou a 89,5%

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O aumento da cobertura vacinal da população e o efeito da demanda reprimida na busca de viagens desde o início da pandemia levam o setor aéreo brasileiro à recuperação dos índices pré crise sanitária. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que, em julho, o tráfego aéreo no país atingiu 89,5%, totalizando 7,6 milhões de embarques realizados no mês.

Uma pesquisa divulgada pela Meta, administradora de algumas das principais redes sociais utilizadas no Brasil, revela que 66% dos entrevistados pretendem viajar no segundo semestre de 2022. O levantamento foi realizado em maio de 2022 e contou com a participação de 500 pessoas.

“Com a pandemia, ficou tudo muito parado, medo de se movimentar mesmo. Agora, com a vacina e casos diminuindo, as portas do turismo se abriram novamente. Só de podermos combinar uma viagem com maior segurança, facilita muito”, conta a advogada Camila França, que pretende viajar no final deste ano.

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Turismo deve crescer em 2022

De acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor de turismo no Brasil deve crescer 5,1% neste ano. A expectativa é maior do que a prevista pela CNC em agosto, quando foram estimados 4,1% de expansão em comparação com 2021.

O turismo foi um dos setores mais impactados durante a pandemia. Na avaliação do economista da CNC, Fabio Bentes, um dos responsáveis pelo levantamento, a retomada dos empregos comprova a forte recuperação do segmento. “O indício de que essa recuperação tem se dado de maneira consistente é a geração de empregos. Nos sete primeiros meses da pandemia, o setor fechou 470 mil vagas e, de lá para cá, já conseguiu repor cerca de 380 mil vagas”, explica.

Para Bentes, a plena retomada dos índices pré-pandemia só não ocorre ainda em virtude dos impactos da inflação no turismo. “Há a alta temporada pela frente. Existe uma demanda reprimida por serviços turísticos, que só não é atendida mais rapidamente porque a inflação tem batido no setor, especialmente no preço das passagens aéreas, que subiram cerca de 70% nos últimos 12 meses. Isso é um empecilho para retomada mais forte do setor, mesmo assim deve fechar o ano no azul”, conclui. 

Ainda segundo a CNC, o volume da receita do setor de serviços, onde o turismo está incluído, também foi revisado, passando de 2,5% para 2,9%. O índice positivo foi impulsionado pelos aumentos de receita obtidos por empresas de transporte aéreo e rodoviário de passageiros, restaurantes, hotéis, locação de automóveis, e serviços de bufê.

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