Data de publicação: 08 de Outubro de 2022, 16:30h, atualizado em 08 de Outubro de 2022, 16:45h
LOC.: O aumento da cobertura vacinal da população e o efeito da demanda reprimida na busca de viagens desde o início da pandemia levam o setor aéreo brasileiro à recuperação dos índices pré crise sanitária. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil apontam que, em julho, o tráfego aéreo no país atingiu 89,5%, totalizando 7,6 milhões de embarques realizados no mês.
Uma pesquisa divulgada pela Meta, administradora de algumas das principais redes sociais utilizadas no Brasil, revela que 66% dos entrevistados pretendem viajar no segundo semestre de 2022. O levantamento foi realizado em maio de 2022 e contou com a participação de 500 pessoas.
A advogada Camila França pretende viajar no final deste ano e conta que agora, com a diminuição dos casos de Covid-19, se sente mais segura.
TEC./SONORA: Camila França, advogada.
“Com a pandemia, ficou tudo muito parado, medo de se movimentar mesmo. Agora, com a vacina e casos diminuindo, as portas do turismo se abriram novamente. Só de podermos combinar uma viagem com maior segurança, facilita muito.”
LOC.: De acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor de turismo no Brasil deve crescer 5,1% neste ano. A expectativa é maior do que a prevista pela CNC em agosto, quando foram estimados 4,1% de expansão em comparação com 2021.
O turismo foi um dos setores mais impactados durante a pandemia. Na avaliação do economista da CNC, Fabio Bentes, um dos responsáveis pelo levantamento, a plena retomada dos índices pré-pandemia só não ocorre ainda em virtude dos impactos da inflação no turismo.
TEC./SONORA: Fábio Bentes, economista da CNC
“Há uma alta temporada pela frente. Existe uma demanda reprimida por serviços turísticos, que só não é atendida mais rapidamente porque a inflação tem batido no setor, especialmente no preço das passagens aéreas, que subiram cerca de 70% nos últimos 12 meses. Isso é um empecilho para retomada mais forte do setor, mesmo assim deve fechar o ano no azul.”
LOC.: Ainda segundo a CNC, o volume da receita do setor de serviços, onde o turismo está incluído, também foi revisado, passando de 2,5% para 2,9%. O índice positivo foi impulsionado pelos aumentos de receita obtidos por empresas de transporte aéreo e rodoviário de passageiros, restaurantes, hotéis, locação de automóveis, e serviços de bufê.
Reportagem, Thiago Marcolini. Narração, Fernanda Fernandes.