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O estado do Tocantins registrou alta nos casos de Dengue, Chicungunha e Zika entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 9.983 infecções por dengue; enquanto em 2020 o número foi de 1.897; um aumento de 426%. O dado é da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Segundo a gerente de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde do Tocantins, Christiane Bueno Hundertmarck, dos 139 municípios tocantinenses, 108 encaminharam dados entomológicos dentro do prazo para a análise dos casos de arboviroses. Desses, 52 estão em situação de alerta e 19 em situação de risco, com elevados índices de infestação do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com a pasta, as regiões mais críticas são Amor Perfeito, Cerrado Tocantins Araguaia e Cantão. Christiane Bueno Hundertmarck afirma que o estado monitora constantemente os casos para desenvolver ações que minimizem a transmissão dessas doenças.
“Nós temos ações de web conferências e vídeo conferências; a realização de pulverização espacial, ou seja, a UBV pesada nos municípios; as atividades de assessoria técnica nos municípios; tivemos a semana de mobilização para que os municípios estivessem se articulando e desenvolvendo ações no intuito de realizar ações preventivas e de controle do vetor, assim como a sensibilização da população para que elas estejam somando esforços com o serviço público.”
Em relação ao uso do fumacê, Christiane explica que o estado tem a prerrogativa de liberar a UBV pesada, popularmente conhecida como fumacê, como última estratégia para o controle do Aedes aegypti. “Ressaltamos que a liberação da UBV só ocorre em casos extremos, quando os demais serviços de controle vetorial falharam em conter a proliferação do mosquito. E o ideal é que sejam feitas aplicações de pulverização, principalmente no início da manhã e ao final da tarde”.
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Brasil tem queda de 42,6% nos casos de dengue entre 2020 e 2021, mas números ainda são altos
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
O combate ao Aedes aegypti, transmissor das três doenças, é a principal forma de prevenção. Campanha do Ministério da Saúde orienta que essas medidas para evitar água parada sejam incorporadas na rotina da população, como explica o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka.
“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha desse ano traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”
Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
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