LOC: Cansaço, fraqueza muscular, problemas no sono, ansiedade e depressão. Essas são as queixas mais frequentes de quem se curou da Covid-19. Um estudo realizado com mais de mil e setecentos pacientes que ficaram internados por complicações da Covid, mostrou que, mesmo seis meses após a alta, 76% ainda apresentava algum sintoma.
O jornalista Gustavo Caldas, de 35 anos, desenvolveu a forma grave da doença e passou mais de 10 dias internado em uma UTI.
TEC./SONORA - Gustavo Caldas, jornalista que se recuperou da Covid
"A principal sequela foi porque eu fiquei um ano e meio sem olfato e sem paladar. Nunca mais consegui dormir direito. Eu tinha um sono muito bom. Não consigo mais dormir sem remédio. Não sei se foi a Covid ou se foi o stress da rotina de uma UTI, não sei… Até hoje é assim: eu não consigo dormir sem remédio. O principal foi a coagulação do sangue que terminou em outubro do ano passado.”
LOC: Um ano e meio após ter tido a Covid, Gustavo sofreu embolia pulmonar, infarto pulmonar e trombose na safena, o que o levou a uma nova internação. O médico informou que desde a fase aguda da doença já havia indícios de alterações no sistema circulatório dele e que o problema poderia ter sido amenizado com o tratamento adequado.
O estudo publicado pela revista The Lancet constatou que 56% dos entrevistados desenvolveram algum tipo de alteração pulmonar significativa. O médico infectologista, Hemerson Luz, fala que o mais frequente a permanência de sintomas por até dois meses, mas há exceções. Ele destaca as principais sequelas:
LOC: O médico alerta que não há como prevenir os sintomas pós-covid. A forma mais eficaz de combatê-los é a vacinação, que impede o desenvolvimento de formas graves. O Ministério da Saúde estima que cerca de 8 milhões e meio de brasileiros sofrem ou já sofreram com sintomas persistentes da Covid. A pasta publicou uma portaria que destina R$ 160 milhões para o atendimento especializado a pessoas que sofrem com sintomas de pós-Covid.
Reportagem, Angélica Cordova