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LOC.: O teto de faturamento do Microempreendedor Individual pode subir de OITENTA E UM MIL para CERCA DE CENTO E QUARENTA E CINCO MIL REAIS. O pedido de atualização da tabela do Simples Nacional foi tema de uma audiência pública na Câmara dos Deputados nesta semana.
Empresários e parlamentares defenderam que a correção é urgente, já que os valores estão congelados desde 2018 e acumulam uma defasagem de 83%, o que ameaça a competitividade de milhões de pequenos negócios.
O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Alfredo Cotait Neto, lembrou que a falta de atualização obriga empresas em crescimento a deixarem o regime, mesmo sem terem ampliado de fato suas atividades.
TEC./SONORA: Alfredo Cotait – presidente da CACB
“No Brasil, tudo tem correção. Se eu atraso o pagamento de um imposto, a correção chega a 20, 30, 40 por cento. A única coisa que não corrige é a tabela do Simples Nacional. Mas por que não corrige? Qual é a razão? Exatamente por causa dessa pressão para acabar com o Simples Nacional.”
LOC.: A proposta apresentada pelas entidades prevê que, além do teto do MEI, o limite para microempresas passe de TREZENTOS E SESSENTA MIL para OITOCENTOS E SESSENTA E NOVE MIL REAIS, e o das empresas de pequeno porte, de QUATRO MILHÕES E OITOCENTOS MIL para OITO MILHÕES E SEISCENTOS E NOVENTA MIL REAIS.
Estudos indicam que a correção poderia gerar quase OITOCENTOS E SETENTA MIL novos empregos e injetar mais de OITENTA E UM BILHÕES na economia.
A diretora jurídica da Fecomercio de São Paulo, Sarina Manata, destacou que não se trata de criar benefícios extras, mas apenas de corrigir uma distorção.
TEC./SONORA: Sarina Manata - diretora jurídica da Fecomercio de São Paulo
“Os valores podem parecer… tem alguns valores que até dobram, alguns limites que até dobram. Mas isso acontece justamente porque há muito tempo não são atualizados. A gente tem uma lei complementar que instituiu o Simples Nacional, que é de 2006. Em 2016 até houve uma atualização de algumas faixas, mas não de tudo. Então, tem alguns valores que estão desatualizados desde 2006. Por isso, alguns até duplicam. E a gente não está falando de querer ampliar o Simples Nacional. Toda vez que você deixa de atualizar essas faixas, o que acontece é que se paga mais tributo.”
LOC.: O deputado Zé Adriano, do PP de Goiás, que presidiu a audiência, defendeu que o tema seja prioridade do Congresso Nacional.
Ele disse que a comissão vai acompanhar o processo junto à presidência da Câmara para levar a pauta ao Plenário o quanto antes, garantindo mais competitividade e segurança jurídica para micro e pequenas empresas em todo o país.
Reportagem, Livia Braz