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LOC.: Parlamentares e representantes do setor produtivo defenderam nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, a atualização imediata da tabela de limites de faturamento do Simples Nacional. Congelados desde 2018, os valores ameaçam a competitividade de milhões de micro e pequenas empresas, que respondem por boa parte dos empregos formais do país.
O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Alfredo Cotait Neto, explicou que a falta de correção obriga empresas em crescimento a saírem do regime sem terem, de fato, ampliado suas atividades. Ele ressaltou ainda que o Simples Nacional é uma ferramenta de inclusão social e econômica.
TEC./SONORA: Alfredo Cotait – presidente da CACB
“No Brasil, tudo tem correção. Se eu atraso o pagamento de um imposto, a correção chega a 20, 30, 40 por cento. A única coisa que não corrige é a tabela do Simples Nacional. Mas por que não corrige? Qual é a razão? Exatamente por causa dessa pressão para acabar com o Simples Nacional.”
LOC.: Levantamentos da CACB apontam que a defasagem atinge cerca de DEZOITO MILHÕES de empresas, responsáveis por 74% dos negócios ativos no Brasil. A atualização dos limites poderia gerar CERCA DE OITOCENTOS E SETENTA MIL empregos e injetar MAIS DE OITENTA BILHÕES DE REAIS na economia, segundo os estudos apresentados na audiência.
A diretora jurídica da Fecomercio de São Paulo, Sarina Manata, reforçou que a proposta não é ampliar benefícios, mas apenas corrigir os valores que não são atualizados há anos.
TEC./SONORA: Sarina Manata - diretora jurídica da Fecomercio de São Paulo
“Os valores podem parecer… tem alguns valores que até dobram, alguns limites que até dobram. Mas isso acontece justamente porque há muito tempo não são atualizados. A gente tem uma lei complementar que instituiu o Simples Nacional, que é de 2006. Em 2016 até houve uma atualização de algumas faixas, mas não de tudo. Então, tem alguns valores que estão desatualizados desde 2006. Por isso, alguns até duplicam. E a gente não está falando de querer ampliar o Simples Nacional. Toda vez que você deixa de atualizar essas faixas, o que acontece é que se paga mais tributo.”
LOC.: O deputado Zé Adriano, do PP goiano e presidente da sessão, destacou que a correção da tabela precisa ser prioridade no Congresso.
O parlamentar afirmou que a comissão acompanhará o processo junto ao presidente da Câmara para levar a pauta ao Plenário o quanto antes, garantindo mais competitividade e segurança jurídica para as micro e pequenas empresas brasileiras.
Reportagem, Livia BRaz