Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado

Senado aprova incentivo para uso de tecnologia avançada na agricultura e pecuária

O Plano de Agricultura e Pecuária de Precisão vai ampliar eficiência do setor no país, preveem especialistas

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A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal aprovou  por unanimidade, nesta quinta-feira (20), o PL 149/2019, que cria o Plano de Agricultura e Pecuária de Precisão. A nova legislação tem  o intuito de ampliar a utilização de técnicas de produção agropecuária no Brasil com a adoção de tecnologia avançada, permitindo um melhor aproveitamento do solo e dos rebanhos.

Georreferenciamento, satélites, internet e informações em tempo real são exemplos de ferramentas tecnológicas que terão o uso incentivado pela nova política. Algumas das principais diretrizes do projeto são o apoio à inovação, à sustentabilidade e ao desenvolvimento tecnológico e à difusão dessas novas tecnologias, além do estímulo à ampliação da rede e da infraestrutura de pesquisa.

A novidade agrada representantes dos setores envolvidos. “A gente tem certeza que, a partir da inserção de tecnologia, novas aplicações, novas gerações de emprego, novos usos de tecnologia vão surgir. E, aí, o dinamismo econômico vai se dar a partir desse uso da tecnologia, sendo mais eficiente na sua aplicação, no caso da agricultura”, comentou Sergio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da  Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). “Então, a gente vê com muito bons olhos essa aprovação no dia de hoje", enalteceu o gestor.

A expectativa do agronegócio é que o uso de tecnologias de ponta faça com que o ramo ganhe eficiência. "Através do uso de tecnologia, você vai aplicar o fertilizante apenas no local onde é necessária a correção do solo. Quer dizer, você não desperdiça recursos, consequentemente você tem uma maior eficiência na aplicação desses recursos. A racionalização de água tá nesse mesmo contexto, a aplicação de defensivo agrícolas tá nesse mesmo contexto”, frisa Sgobbi.

“Esse PL ele não traz nenhuma obrigação, mas ele traz diretrizes, ele traz os caminhos que o agronegócio pode trilhar para que, através do uso de tecnologias digitais, ele possa se desenvolver ainda mais e ganhar mais vantagem ainda do que ele já tem", completa.

O avanço tecnológico traz consigo também mudanças no mercado de trabalho, mas, para Sgobbi, não vai ser o caso de demissões. “O uso de tecnologia, ele substitui o emprego que é mais laboral, braçal, por um emprego que é mais intelecto. Então, o que que muda? Não é a quantidade de emprego, muda a característica do emprego. É isso que muda. E a consequência disso é que a gente precisará de profissionais mais habilitados com essa competência", afirmou o diretor. 

O projeto foi apresentado ainda em 2019, tendo origem na Câmara dos Deputados. Como não sofreu alterações no texto da casa de origem e tinha caráter terminativo, o projeto, que recebeu todos os 10 votos favoráveis dos senadores presentes na comissão, vai direto para a sanção presidencial, caso não haja recursos para votação em plenário. Após recebida a notificação, o Presidente da República tem 15 dias úteis para sancionar, vetar parcialmente ou vetar completamente o projeto. Passado esse prazo sem manifestação, a norma é automaticamente sancionada.
 

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LOC.: A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal aprovou  por unanimidade, nesta quinta-feira (20), o projeto de lei que cria o Plano de Agricultura e Pecuária de Precisão. A proposta pretende ampliar a utilização de técnicas de produção agropecuária no Brasil com a adoção de tecnologia avançada, permitindo um melhor aproveitamento do solo e dos rebanhos.

Georreferenciamento, satélites, internet e informações em tempo real são exemplos de ferramentas tecnológicas que terão o uso incentivado pela nova política. Algumas das principais diretrizes do projeto são o apoio à inovação, à sustentabilidade e ao desenvolvimento tecnológico e à difusão dessas novas tecnologias. Além disso, o projeto prevê o estímulo à ampliação da rede e da infraestrutura de pesquisa.

A novidade agrada representantes dos setores envolvidos, como o diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, a Brasscom, Sergio Sgobbi.
 

TEC./SONORA: Sergio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da  Brasscom

"Porque através do uso de tecnologia, você vai aplicar o fertilizante apenas no local onde é necessário a correção do solo. Quer dizer, você não desperdiça recursos, consequentemente você tem uma maior eficiência da aplicação desses recursos. A racionalização de água tá nesse mesmo contexto, a aplicação de defensivo agrícolas tá nesse mesmo contexto."
 


LOC.: O diretor da Brasscom explica que a ideia do projeto é criar possibilidades de melhorias para o setor. 
 

TEC./SONORA: Sergio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da  Brasscom

“Esse PL ele não traz nenhuma obrigação, mas ele traz diretrizes, ele traz os caminhos que o agronegócio pode trilhar para que, através do uso de tecnologias digitais, ele possa se desenvolver ainda mais e ganhar mais vantagem ainda do que ele já tem"
 


LOC.: O texto, que foi apresentado ainda em 2019 na Câmara dos Deputados, recebeu todos os dez votos favoráveis dos senadores presentes na comissão. Por não ter sofrido alteração, vai direto para sanção presidencial devido ao seu caráter terminativo, a não ser que haja algum recurso para votação em plenário. 

Reportagem, Álvaro Couto.