LOC.: Um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento pretende produzir hidrogênio renovável a partir do etanol no estado de São Paulo. Além de demonstrar que o etanol pode ser um vetor para a produção de hidrogênio, o projeto tem como objetivo contribuir para a descarbonização de setores da indústria. A iniciativa é da Toyota, em parceria com o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai, a Shell Brasil, a Raízen, a Hytron e a Universidade de São Paulo.
Para o senador pelo estado Marcos Pontes, do PL, é necessário apoiar e incentivar empresas com projetos sustentáveis.
TEC./SONORA: Marcos Pontes, Senador Federal (PL-SP)
“Eu acredito que o Brasil pode e deve assumir esse papel de liderança em energia renovável do planeta. A gente tem tudo para fazer isso, basta que a gente tenha realmente um foco político para transformar isso, colocar o esforço aqui no Brasil, ajudar as empresas que trabalham no setor e fazer essa transformação a gente é capaz de fazer.”
LOC.: Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais produz energia renovável no mundo, atrás apenas de EUA e China. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a CCEE, indicam que o Brasil bateu recorde de geração por fontes renováveis em 2022, com 92%.
De acordo com o gerente de Análise e Informações ao Mercado da CCEE, Ricardo Gedra, o hidrogênio verde é a solução para que setores industriais consigam alcançar a descarbonização.
TEC./SONORA: Ricardo Gedra, Gerente de Análise e Informações ao Mercado na CCEE
“O hidrogênio é um vetor energético muito importante para colaborar com a descarbonização que é o objetivo que indústrias, governos, instâncias globais estão buscando. Dentro desse contexto, existem alguns setores que são de difícil descarbonização, por exemplo, o transporte marítimo, transporte rodoviário e alguns setores da indústria. Para estes segmentos o hidrogênio se torna uma alternativa técnica viável para ser considerado como combustível substituto”.
LOC.: O país também está entre os mais competitivos em termos de preço. Dados de um levantamento do Serviço Bloomberg Professional projetam o Brasil como um dos únicos países capazes de oferecer hidrogênio verde a um custo inferior a US$ 1 por quilo, até 2030.
Reportagem, Landara Lima, narração, Marquezan Araújo