
LOC.: Entre os desafios mais urgentes do próximo governo, que começa ano que vem, está a criação de uma política específica para atender os 1.107 municípios que contam com operação irregular nos serviços de saneamento. O dado é da Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, a Abcon.
Segundo o diretor executivo da entidade, Percy Soares Neto, desse total, mil municípios possuem menos de 50 mil habitantes. Na avaliação dele, os operadores privados de saneamento continuam empenhados nos esforços para se buscar a universalização dos serviços, seja por meio de concessões, PPPs ou outras formas de parceria entre as companhias privadas e os governos.
TEC./SONORA: Percy Soares Neto, diretor executivo da Abcon
“Não posso deixar metade da população sem esgoto em casa sem ter essa preocupação. É uma questão de humanidade. Talvez esse seja o principal fator que indique a necessidade de que empresas e governos tenham que olhar com mais atenção para o setor de saneamento. Além disso, é uma grande oportunidade de gerar um processo ganha-ganha, no sentido de recuperar esse passivo social e, ao mesmo tempo, criar uma aceleração da economia a partir desses investimentos.”
LOC.: A projeção é de que cerca de R$ 308 bilhões precisem ser investidos nos próximos quatro anos, para que a meta de alcançar a universalização até 2033 não seja comprometida.
Desde a aprovação do novo marco legal do saneamento básico, em 2020, até setembro de 2022, havia um total de 19 concorrências realizadas, com quase R$ 53 bilhões de investimentos previstos já contratados para as concessões do setor, via leilão. A estimativa é de que 23 milhões e setecentas mil pessoas sejam beneficiadas.
Reportagem, Marquezan Araújo