Data de publicação: 06 de Dezembro de 2021, 01:00h
LOC.: Um dos primeiros projetos de negócios sustentáveis na região amazônica a serem desenvolvidos pelo Instituto Amazônia+21 será o de biogás, produção de combustível verde proveniente da decomposição de resíduos orgânicos. Em Roraima, os resíduos sólidos urbanos e os descartes do processamento da mandioca e da piscicultura, atualmente descartados, podem ser destinados à produção do combustível verde e beneficiar mais de 45 mil pessoas.
Segundo estudo do Instituto Escolhas, os resíduos orgânicos em Roraima poderiam produzir mais de 11 milhões de metros cúbicos de biogás ao ano. Apenas com os rejeitos do processamento de mandioca, seria possível gerar energia equivalente a 1.600 botijões de gás de cozinha.
O objetivo da iniciativa vai além de fazer o mapeamento de soluções, oportunidades e perspectivas relacionadas ao desenvolvimento sustentável na região, como explica Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21.
TEC SONORA: Marcelo Thomé, presidente do Instituto Amazônia+21
“Seremos o elo de quem produz e conhece o local e aqueles que têm interesse e compromisso de investir de maneira sustentável, tornando-se aliados na conservação da Amazônia”
LOC.: O Instituto Amazônia+21 já vem identificando as oportunidades de negócios sustentáveis nos nove estados da Amazônia Legal e deve dar início aos projetos já a partir de 2022. E o trabalho de conectar os produtores aos investidores será essencial, segundo Karen Oliveira, gerente para Políticas Públicas e Relações Governamentais da ONG TNC Brasil.
TEC SONORA: Karen Oliveira, gerente da ONG TNC Brasil
“A Amazônia tem um potencial enorme nesse sentido, usando resíduos sólidos de áreas urbanas, mas também resíduos do processamento da mandioca, resíduos do processamento do açaí. Mas para que isso ganhe escala é necessário investimentos em tecnologia, transferência de tecnologia”
LOC.: Além do projeto da produção de biogás, o Amazônia+21 aposta na integração da lavoura e da pecuária com a floresta, adotando práticas de agricultura regenerativa e de baixo carbono. A presença física do Instituto nos estados será feita por meio das federações de indústria, como a FIER, em Roraima, e o site da iniciativa será lançado em breve, onde os produtores e possíveis investidores terão acesso a informações dos projetos em andamento.
Reportagem, Luciano Marques