LOC.: O coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), defende que setores como o de Saúde e Educação devem ter alíquotas diferenciadas, a partir de um novo modelo de arrecadação de impostos.
A intenção também foi defendida pelo economista e tributarista Luiz Carlos Hauly, um dos idealizadores da PEC 110/2019, que prevê novas regras para cobrança de impostos no Brasil. Para ele, a criação de um novo Imposto de Valor Agregado permitirá a instituição de mecanismos para que sistemas de educação e saúde, por exemplo, tenham uma alíquota menor, em função da essencialidade dessas atividades.
TEC./SONORA: Luiz Carlos Hauly, economista e tributarista
“Na medida em que você tem saúde privada e educação privada, está aliviando o gasto público. Por isso que é de entendimento nacional e dos que estão coordenando a Reforma Tributária, que esses dois setores deverão ter uma alíquota diferenciada, exatamente para diminuir os custos dessas atividades e não onerar com a saída do plano de saúde privado, indo para o SUS, e nem dos alunos da escola privada, voltando para a educação pública.”
LOC.: Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o atual modelo de cobrança de impostos do Brasil é complexo e gera insegurança. Por isso, ela defende novas regras e acredita que o Congresso Nacional tem capacidade de iniciar e encerrar qualquer debate sobre o assunto.
TEC./SONORA: Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento
“É preciso tributar no destino e não mais na origem, por todos os problemas fiscais de guerra fiscal que geram distorções, e é preciso unificar e simplificar a tributação brasileira diminuindo os impostos.”
LOC.: Atualmente, no Congresso Nacional, existem propostas mais maduras que visam reformar o sistema tributário brasileiro. Uma delas é a PEC 45/2019. A medida tem como objetivo a substituição de cinco impostos por um único Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS. A outra matéria é a PEC 110/2019, que busca eliminar nove tributos e fazer a substituição por dois novos: um Imposto sobre o Valor Agregado de Bens e Serviços e outro Imposto Seletivo, voltado para atividades específicas.
Reportagem, Sophia Stein