LOC.: A produção mundial de aço bruto em setembro foi fortemente derrubada pelo desempenho da siderurgia chinesa. O volume do maior fabricante mundial de produtos siderúrgicos registrou decréscimo de 21,2% no mês passado, retratando a desaceleração do setor na China a partir de julho.
O governo chinês impôs medidas de restrições ao setor, para mitigar emissões de carbono e gases de efeito estufa, além de desacelerar a alta nos preços do minério de ferro. As medidas atingiram os grandes cinturões siderúrgicos do país, também o principal consumidor mundial de aço.
Segundo os dados da World Steel Association, a Worldsteel, divulgados em Bruxelas, a China fabricou 73,8 milhões de toneladas no mês passado, queda de 21,2% em relação a setembro de 2020.
No volume acumulado do ano, o país ainda registra alta de 2%, na comparação com os mesmos nove meses de 2020, com 805,9 milhões de toneladas de aço fabricadas em suas usinas siderúrgicas.
A produção mundial, nos 64 países que se reportam à Worldsteel, atingiu 144,4 milhões de toneladas, uma queda de 8,9% frente a setembro de 2020. Esse número de nações é responsável por aproximadamente 98% do volume mundial de aço bruto, informa a entidade em seu comunicado.
Outros países que se destacaram em setembro foram a Índia, com 7,2% de alta no volume produzido; o Japão, que registrou aumento de 25,6% ante mesmo mês do ano passado; os Estados Unidos, com acréscimo de 22,0%; e, na Europa, a Alemanha, com mais 10,7% em relação a um ano atrás.
De acordo com a Worldsteel, a siderurgia brasileira manteve seu ritmo de crescimento na produção de aço bruto e atingiu 3,1 milhões de toneladas no mês. Isso significou expansão de 15,3% ante um ano atrás.
No acumulado de nove meses, o volume do país somou 27,2 milhões de toneladas — alta de 20,2% sobre igual período do ano passado. A estimativa do setor para o ano, conforme o Instituto Aço Brasil, é de pouco mais de 36 milhões de toneladas em 2021.
Reportagem, Marquezan Araújo