Data de publicação: 29 de Março de 2022, 01:05h
LOC.: A regulamentação da atividade de reuso da água no Brasil pode levar a um incremento de quase 6 bilhões de reais ao ano na economia do país. O dado foi apontado por um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria. Atualmente, mais de 60 milhões de brasileiros vivem em cidades com menor garantia de abastecimento de água potável, ou seja, com risco constante de racionamento. Para enfrentar o cenário de escassez, a prática de reuso é tema de um projeto de lei que aguarda apreciação no Congresso Nacional.
A ideia da proposta é apontar fontes alternativas para o abastecimento de água, tais como reuso, água de chuva e águas residuais. Luciana Villa Nova, colíder da força-tarefa de Bioeconomia da Coalizão Brasil, explica que a gestão hídrica é complexa porque envolve diferentes fatores e precisa ter uma interdisciplinaridade entre agricultura, floresta e setor produtivo, uso da água e poluição da água. E o reuso, que já foi implementado em alguns municípios, como Extrema, em Minas Gerais, seria uma das soluções.
TEC. SONORA: Luciana Villa Nova, colíder da força-tarefa de Bioeconomia da Coalizão Brasil
“Regular uma água de reuso, estimular novas formas de tratamento de água in loco diminui o custo e, ao mesmo tempo, melhoram a reutilização do volume de água de forma significativa. Então, casos como o de Extrema e outros casos que vem trabalhando, regulando água de reuso, precisam ser rapidamente implementados”
LOC.: O senador Confúcio Moura (MDB-RO), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, ressalta que a melhor maneira de comemorar o 22 de março, Dia Mundial da Água, é refletir sobre a importância desse recurso. Para o parlamentar, o governo tem que trabalhar de forma preventiva para preservar um dos maiores bens do país.
TEC. SONORA: senador Confúcio Moura (MDB-RO)
“Há vários projetos em andamento no Congresso Nacional, entre eles temos o projeto de autoria do senador Cássio Cunha Lima, o 10108, que justamente visa disciplinar o uso adequado de outras fontes alternativas de água doce, como água da chuva, água de reuso e outras águas. Então, o que nós temos que fazer são as medidas preventivas, agir antes do caos, da catástrofe, da falta da água”
LOC.: O projeto prevê a criação de infraestruturas e instalações operacionais de saneamento básico ligadas ao reuso e ao abastecimento de água por fontes alternativas. Além disso, inclui na Lei de Saneamento Básico os conceitos de “água residuária”, “água de reúso” e “fontes alternativas de abastecimento de água”.
Reportagem Luciano Marques