LOC.: Após a medida provisória que acabou com os incentivos fiscais para a indústria química, parlamentares já articulam nova proposta que possa retomar o benefício. O diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, disse que a decisão do governo foi vista com perplexidade e surpresa. Ainda segundo ele, as consequências da decisão vão desde a redução na competitividade do setor à perda de postos de emprego.
TEC./SONORA: André Passos Cordeiro, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Abiquim
“A indústria brasileira paga hoje uma média de impostos muito mais alta do que as indústrias situadas em outros países com as quais ela compete. Aqui no Brasil, por exemplo, é 40% a tributação sobre polietileno, um tipo de produto químico, enquanto nos Estados Unidos é 20%. Isso vai gerar uma elevação da carga tributária do setor químico, com uma perda maior de competitividade.”
LOC.: Durante evento promovido pela CNI no último dia 1°, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química, criticou a decisão do Governo Federal de extinguir o incentivo. Na ocasião, o parlamentar disse que o Congresso Nacional voltará a debater o tema para reaver o incentivo fiscal ao setor.
TEC./SONORA: Daniel Almeida, deputado federal (PCdoB-BA)
“Nós temos acúmulo na abordagem desse tema que permite assegurar que esta matéria voltará, nos próximos dias, para o debate no Congresso Nacional. E, nós vamos encontrar a melhor forma de manter esse regime especial. Se isso não acontecer, mata-se a indústria química nacional. Não há nenhuma razão para não mantermos o regime especial da indústria química.”
LOC.: Um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas revela que o fim do benefício fiscal colocaria em risco 85 mil empregos, traria perda de arrecadação de 3,2 bilhões de reais e provocaria queda no PIB da ordem de 5,5 bilhões de reais.
Reportagem, Marquezan Araújo