LOC.: Não desmatar pode se tornar uma garantia de mais recursos econômicos. É o que propõe um projeto de lei que trata da criação do mercado regulado de carbono. Entre outros pontos, a proposta estabelece a redução de impostos para produtos adequados à economia verde de baixo carbono.
Segundo a relatora da proposta, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), iniciativas como essa contribuem para o desenvolvimento econômico, mantendo a preservação ambiental. Para ela, a medida também vai contribuir para o Brasil atingir a meta de redução de gases de efeito estufa.
TEC./SONORA: Carla Zambelli, deputada federal (PL-SP)
“Temos mais de 23 milhões de pessoas na faixa de pobreza na região amazônica, e muitos deles veem no desmatamento uma forma de sobrevivência e de busca de recurso. Precisamos encontrar uma outra forma de essas pessoas buscarem recurso. Se conseguirmos reduzir o desmatamento, já entramos na missão de reduzir em 50% as emissões para 2030, que é nossa meta, e neutralidade de gases de efeito estufa para 2050.”
TEC./SONORA: Alexandre Sion, presidente da Associação Brasileira de Direito da Energia e do Meio Ambiente (ABDEM)
“A compra de crédito de carbono traz para as empresas uma série de vantagens, incluindo a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, a incorporação da sustentabilidade como valor agregado, o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios e o ganho de imagem e criação de valor da iniciativa sustentável. Seja a médio ou longo prazo, essa prática pode promover o crescimento da companhia e a geração de novos empregos.”
LOC.: Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Direito da Energia e do Meio Ambiente (ABDEM), Alexandre Sion, medidas como essa, inclusive que geram o chamado crédito de carbono, agregam valores às empresas e as tornam mais competitivas.
LOC.: O projeto de lei conta com outras propostas apensadas. Entre elas, está o PL que cria o Sistema Brasileiro de Registro e Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa.
Reportagem, Marquezan Araújo