Foto: divulgação/Fiocruz
Foto: divulgação/Fiocruz

Centro de Operações de Emergências: Saúde monitora aumento da dengue e chikungunya

Casos de chikungunya aumentaram cerca de 97% em comparação ao ano passado. Registros de dengue subiram 43,8%


O Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações e Emergências (COE Arboviroses) para monitorar o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. O objetivo é elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e mortes pelas doenças. A preocupação da pasta acontece após um aumento expressivo de casos: o número de notificações de chikungunya aumentou 97%, e os de dengue cresceram 43,8% até março desde ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. 

Com o acionamento do COE, a pasta vai monitorar a situação com ênfase em dengue e chikungunya, para orientar ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistência e controle de vetores. As ações e  respostas coordenadas serão feitas em conjunto com estados e municípios. 

A médica de saúde da família Karina Tomiasi explica que, em caso de suspeita de alguma das doenças, o ideal é ir até a unidade de saúde mais próxima para confirmar. “O vírus da dengue é fatal e não possui um tratamento específico, mas a hidratação adequada é fundamental. O profissional de saúde vai prescrevê-la junto com os medicamentos para o alívio dos sintomas", explicou.

Os sintomas são vários. A terapeuta holística Alina Costa, de Ituiutaba, MG, já teve a doença três vezes e conta os principais sintomas que percebeu. “A primeira vez que eu tive dengue foi em 2005, eu fiquei bem ruim, dor atrás dos olhos, nas juntas, muita febre, vômito, diarreia, dor no estômago, não comia, não conseguia beber muito líquido, mas a gente precisa beber muito líquido porque a gente desidrata bastante. E depois de todos esses sintomas veio a vermelhidão na pele. Tive algumas erupções que estouraram, bolinhas de sangue, e depois que passam todos os sintomas a gente fica mais ou menos um mês com aquela fraqueza", lamentou. 

Cuidadosa, Alina cuida com atenção da casa para evitar ser um foco de proliferação do mosquito aedes aegypti, que transmite as três doenças listadas. “O que a gente tem que fazer para se prevenir é sempre manter o quintal limpo, sem nenhum lugar que possa ser foco de mosquito. Se a gente precisa manter vasilhas com água no quintal, por exemplo, se cria galinha, ou outros animais, gato cachorro, manter tudo limpo, lavar umas duas vezes por semana com uma buchinha para remover os ovos, e manter a casa sempre limpa. Não ter lixo no quintal, manter tudo muito bem organizado, porque a gente não está prevenindo só para a gente, a gente está prevenindo para as outras pessoas também”, adverte.

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LOC.: O Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações e Emergências (COE Arboviroses) para monitorar o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. O objetivo é elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e mortes pelas doenças. A preocupação da pasta acontece após um aumento expressivo de casos: o número de notificações de chikungunya aumentou 97%, e os de dengue cresceram 43,8% até março desde ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. 

A médica de saúde da família Karina Tomiasi explica que, em caso de suspeita de alguma das doenças, o ideal é ir até a unidade de saúde mais próxima para confirmar. Além disso, também reforça a importância de combater o mosquito que transmite as doenças.

TEC./SONORA: Karina Tomiasi, médica da área de saúde da família

“É preciso reforçar novamente as medidas de combate à doença através da prevenção de criação de paradeiros e criadouros do mosquito transmissor, como na água parada, nos ambientes domésticos e o uso de repelentes. Isso ajudará a controlar a transmissão da doença e diminuirá a demanda para tratamento dos casos em serviços de saúde, que já se encontram sobrecarregados”.


LOC.: No caso da dengue, os sintomas são vários. A terapeuta holística Alina Costa, de Ituiutaba, MG, já teve a doença três vezes e conta os principais sintomas que percebeu. 

TEC./SONORA: Alina Costa, terapeuta holística

“A primeira vez que eu tive dengue foi em 2005, eu fiquei bem ruim, dor atrás dos olhos, nas juntas, muita febre, vômito, diarreia, dor no estômago, não comia, não conseguia beber muito líquido, mas a gente precisa beber muito líquido porque a gente desidrata bastante, e depois de todos esses sintomas veio a vermelhidão na pele, eu tive algumas erupções que estouraram, bolinhas de sangue, e depois que passam todos os sintomas a gente fica mais ou menos um mês com aquela fraqueza, com bastante dificuldade para se locomover, porque dói ainda bastante as juntas.”


LOC.: Com o acionamento do Centro de Operações e Emergências, o Ministério da Saúde vai monitorar a situação e orientar ações de prevenção e controle em conjunto com estados e municípios. 

Reportagem, Janine Gaspar