MATO GROSSO: Indústria de transformação registra queda de acidentes de trabalho

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Os acidentes de trabalho na indústria de transformação do Mato Grosso caíram de forma significativa entre os anos de 2015 e 2017, de acordo com o anuário estatístico, divulgado pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

As ocorrências tiveram queda de 71% nas indústrias responsáveis por fabricação de vidro, 89% nas produtoras de plástico e 100% nas indústrias responsáveis pela produção de alumínio, nos últimos três anos.

No setor de infraestrutura do estado, como a construção civil, a queda no número de acidentes de trabalho foi superior a 90%, no período.
O esforço das indústrias na prevenção e promoção da segurança e saúde do trabalhador está contribuindo para a queda das ocorrências e
beneficia a cadeia produtiva, o Estado com a redução de pagamentos de benefícios e ao trabalhador com aumento de qualidade de vida e bem-estar, como explica o engenheiro de Segurança do Trabalho, do SESI, de Mato Grosso, Kengiro Suezawa.

“Através de gerenciamento de riscos, eles (empresários) acabam tendo conhecimento dos riscos que estão presentes nesses ambientes de trabalho e, com isso, adotam medidas de controle. Se ele investir, ele reduz os afastamentos, as doenças e os acidentes.”

Dados do Serviço Social da Indústria, o SESI, mostram que as indústrias e empresas nacionais investiram mais de R$ 28 bilhões, apenas com a Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e cerca de 88% das empresas do país realizam programas de promoção da segurança no trabalho, com investimentos maiores que o mínimo exigido pelas normas vigentes.

A especialista em Direito do Trabalho da Universidade Federal do Mato Grosso, Carla Reita, acredita que as indústrias, estado e trabalhadores devem ficar atentos e fazer, cada um, a sua parte para garantir que os acidentes de trabalho continuem caindo.

“Cada um tem que fazer usa parte. A obrigação da empresa é fornecer ao trabalhador um ambiente seguro. A obrigação do empregado é seguir as normas de segurança, utilizar os equipamentos de proteção individuais, para que ele não venha adoecer. E, daí a obrigação do Estado, em primeiro momento, é o pagamento dos benefícios”.

A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, publicou o estudo “Modernização Previdenciária e da Segurança e Saúde no Trabalho”, que faz parte de um conjunto de 43 propostas que foram entregues aos candidatos à Presidência da República.

Entre as Propostas da Indústria para as Eleições 2018, está a inclusão de metas em saúde e segurança do trabalho na participação nos lucros e resultados das empresas; o acesso à Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) por meio eletrônico; modernização do sistema de pagamentos de benefícios e que as empresas participem da perícia médica do INSS, entre outras.

Reportagem, Cristiano Carlos

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