Data de publicação: 11 de Março de 2023, 17:45h, atualizado em 11 de Março de 2023, 17:41h
LOC.: Boa parte do país tem registrado enchentes mais frequentes nos períodos de chuva. Essa condição tem gerado uma preocupação específica ente as autoridades: a transmissão de doenças como a leptospirose. Apenas no Rio de Janeiro, por exemplo, o número de mortes pela doença aumentou em 70%, nos últimos dois anos.
A leptospirose é uma doença bacteriana transmitida pela urina de animais infectados, principalmente ratos, que pode ser carregada pela água durante as enchentes. Segundo a médica infectologista pediátrica, Lian Padovez Cualheta, a infecção ocorre quando essa água contaminada entra em contato com a pele ou mucosas. Diante disso, ela pontua que tipo de cuidados devemos tomar durante essas situações.
TÉC./SONORA: Lian Padovez Cualheta, médica infectologista pediátrica do Grupo Hapvida.
“O que a gente tem que tomar cuidado para se proteger da leptospirose é tentar ao máximo não se expor a essa chuva da enchente. Se isso for impossível, [a dica] é proteger sempre ao máximo, usar botas impermeáveis, usar luvas [...]. Porque, através desse cuidado de tampar bem o nosso corpo, a bactéria não consegue entrar.”
LOC.: Outra orientação da especialista é higienizar bem os alimentos e a casa. Segundo ela, os sintomas iniciais da doença podem incluir febre alta, dor de cabeça, indisposição, náuseas, vômitos e diarreia, podendo levar à desidratação. Esse quadro pode durar de quatro a cinco dias.
TÉC./SONORA: Lian Padovez Cualheta, médica infectologista pediátrica do Grupo Hapvida.
“Depois dessa fase, pode acontecer de o paciente evoluir com o quadro mais grave, que é quando a bactéria acaba afetando os rins e o fígado. O paciente pode apresentar um quadro de icterícia, que é o amarelamento da pele e das mucosas, e também eventos hemorrágicos."
LOC.: De acordo com a médica, o tratamento da leptospirose é feito com antibióticos. No entanto, é necessário que o paciente procure atendimento médico para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível. Padovez também explica que, em muitos casos, a internação se faz necessária para o melhor acompanhamento do paciente.
Reportagem, Ana Luísa Santos.