Data de publicação: 10 de Março de 2023, 17:50h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:27h
A inflação pelo IPC-S das primeiras semanas de 2023 subiu 0,84% e acumulou alta de 3,27% nos últimos 12 meses. Foi o que apontou os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última quarta-feira, 08 de março.
De acordo com a pesquisa, nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, sendo elas:
- Habitação (0,69%)
- Saúde (0,86%)
- Transportes (0,92%)
- Comunicação (0,71%)
- Alimentação (0,21%)
Já os grupos de educação, vestuário e despesas pessoais sofreram um recuo, principalmente nos itens como passagens aéreas, alimentação de animais domésticos e roupas femininas.
O IPC semanal da FGV revela um comportamento mais estável do índice de preços em 2023, na medida em que com a possível recessão nas economias dos EUA e na Europa, a pressão inflacionária será menor em 2023, como explica o economista da Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais (Cbrase), Guidi Nunes.
“Não temos assim uma aceleração inflacionária, como tivemos em 2022”, afirmou o economista.
A pressão da economia global, devido a desorganização produtiva que, ao provocar falta de insumos, gerou aumento da inflação no mundo, em 2022.
Apesar do aumento, Guidi Nunes avalia que a classe habitacional está com as taxas coerentes e que o grupo de alimentos que contribuiu muito para a inflação no Brasil em 2022, agora está com a queda dos preços de insumos, como o fertilizante químico, entre outros, e que uma menor taxa de crescimento global em 2023, vai desacelerar ou provocar queda de preços dos alimentos, que ajudará a proporcionar no mínimo estabilidade aos índices de preços.
“A habitação, avalio que está coerente como início de ano né, onde as empresas e famílias, às vezes atualizam, mudam, por causa do calendário escolar, além de também atualizarem as suas estruturas. A saúde tem um pouco do envelhecimento populacional. O envelhecimento populacional junto com os problemas da pandemia, que está faltando insumos, e aí gera uma dificuldade de oferta de alguns produtos necessários para o tratamento médico da população. Transporte, teve o aumento da gasolina no dia primeiro de março com o governo que retomou a tributação,” completou Nunes.
A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 15 de março, será divulgada no dia 16 de março.