Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Índice da SRAG é o mais baixo desde o início da pandemia de Covid-19

Cenário epidemiológico leva a mudanças nas medidas sanitárias da Anvisa

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O índice da Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) é o mais baixo desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil, segundo Boletim InfoGripe publicado pela Fiocruz esta semana (17).

O estudo mostra queda na tendência de longo prazo, últimas seis semanas, e estabilidade na tendência de curto prazo, últimas três semanas. De acordo com os dados, a Covid-19 continua predominante na população adulta.

Das 27 unidades federativas (UF), apenas Roraima apresenta sinal de crescimento na tendência de casos da SRAG de longo prazo até a semana 32. A situação é estável no Acre e no Amapá, e a tendência de longo prazo está em queda nos demais estados. Entre as capitais, Belém, Boa Vista e Vitória apresentam indícios de crescimento. Nas demais há predomínio de queda, com indicador estável em nove capitais.

A Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) é uma infecção respiratória viral grave, e requer internação do paciente. Tosse, dor de garganta e dificuldades respiratórias são sintomas comuns da doença.

De acordo com a infectologista Larissa Tiberto, as altas taxas de vacinação contra Covid-19 associadas à informação sobre os cuidados preventivos contribuíram para a queda dos casos de SRAG. “Pessoas com comorbidade passaram a ter o cuidado redobrado, fazer adequadamente o isolamento social, lavagem das mãos e uso de máscara”, informa.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,0% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,9% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 78,2% para Covid-19. O calendário epidemiológico divide os  365 dias do ano em 52 ou 53 semanas epidemiológicas.

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Fim da obrigatoriedade de máscaras em aeroportos e aeronaves

O cenário epidemiológico de queda nos novos casos redução no número de mortes por Covid-19 alterou medidas sanitárias vigentes no país. Esta semana (17), a Anvisa declarou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), e acabou com a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aeronaves.

O diretor da Anvisa, Alex Campos, observa que as máscaras ainda são eficazes para proteção coletiva contra a Covid-19. “Contudo, as análises realizadas consideraram o contexto epidemiológico atual da doença no Brasil e no mundo, e demonstraram que o avanço da vacinação permite a flexibilização das medidas restritivas coletivas adotadas com foco na contenção dessa doença”, explica. 

A infectologista Larissa Tiberto também explica que, apesar do avanço das taxas de vacinação contra a doença, algumas faixas etárias ainda não estão totalmente imunizadas. Por isso, o uso de máscaras é recomendado para conter a circulação de novas variantes que possam prejudicar o combate contra o coronavírus.

Cleusson Jansen, 39, está imunizado com as três doses da vacina contra Covid-19, e está atento às medidas de proteção. “Eu irei continuar utilizando a máscara. Em viagens que farei, não só eu mas toda minha família, porque é uma forma de se proteger, ainda mais em ambientes fechados”, conta.

Tais Souza, 30, trabalha com pesquisa clínica em São Paulo (SP), e viaja a trabalho todos os meses. Assim como Cleusson, ela pretende continuar se protegendo. “Eu particularmente não vou deixar de utilizar máscaras porque acaba sendo uma decisão individual, né. Então, na minha opinião, a gente tá praticamente se cuidando né. É minha recomendação pros amigos e parentes, que a gente continue utilizando, né”.
 

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