Data de publicação: 17 de Agosto de 2022, 04:00h, atualizado em 16 de Agosto de 2022, 20:09h
LOC.: Os dados mais atualizados sobre a varíola dos macacos no Brasil revelam que mais da metade dos infectados - 50,7% - afirmam ter relações sexuais com homens. E 42,6% preferiram não informar sobre o comportamento sexual. Os homens representam 95% dos casos em território nacional. Sobre a orientação sexual, 18,5% afirmaram serem homossexuais e 75,6% não informaram.
Em todo o mundo, os dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 97,2% dos infectados são homens que fazem sexo com homens. Apesar dos dados, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que não se deve cometer os mesmos erros do passado relativos à discriminação.
TEC./SONORA: Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.
“Essas referências feitas a homens que fazem sexo com outros homens é uma constatação tão somente epiemiologica. Já sabemos o que aconteceu na década de 1980 com HIV/Aids. Não é para discriminar as pessoas, e sim para protegê-las.”
LOC.: A bióloga e pesquisadora da Universidade de Columbia, presidente do Instituto Questão de Ciência, Drª Natalia Pasternak, afirma que não há grupo de risco específico para a varíola dos macacos.
Mesmo com a prevalência da doença entre homens,ela destaca que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus.
TEC./SONORA: Natália Pasternak, bióloga e pesquisadora.
“Qualquer um pode pegar, mas o que a gente alerta. Essa doença tem sido prevalente, nesse último surto, em homens que fazem sexo com homens, por causa da presença das lesões na região genital e anal. Só por isso que temos feito um alerta mais específico para que as pessoas prestem atenção. Se você é um homem, que faz sexo com homem, tem ou teve múltiplos parceiros, parceiros anônimos, nos últimos 15 dias, então você deve redobrar a sua atenção para os sintomas dessa doença, para a presença de lesões.”
LOC.: O Ministério da Saúde disponibilizou uma página específica sobre varíola dos macacos no site da pasta, com informações sobre sinais e sintomas, diagnóstico, transmissão, prevenção e tratamento.
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