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O Produto Interno Bruto do Goiás (PIB goiano), no segundo trimestre de 2023, cresceu 3,4% comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado no ano, o PIB de Goiás manteve um crescimento positivo de 3,1% e nos últimos 12 meses acumulou uma alta de 4,5%. A alta foi puxada pelo bom desempenho do setor da agropecuária, em especial pelo aumento da produtividade do milho e da soja. Os dados fazem parte do boletim sobre a Conjuntura Econômica de Goiás, realizado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB).
Segundo o levantamento, no segundo trimestre de 2023 a agropecuária cresceu 11,4% em Goiás e 17,0% no Brasil, no mesmo período de comparação. As últimas projeções de produção do levantamento apontam para um crescimento de (30,4%) para milho, (5,6%) soja e 7,1% cana-de-açúcar. Além disso, houve aumento na estimativa da produção do sorgo, em 21,3%.
Na avaliação do economista Aurélio Trancoso, Goiás sempre teve um crescimento acima da média quando comparado aos demais estados. Para ele, a mecanização e modernização das atividades agrícolas proporcionou um aumento expressivo da produtividade agropecuária.
“A partir do momento que passou a ter a mecanização do campo, o estado de Goiás, principalmente os produtores de soja, milho, sogro do sudoeste goiano, passaram a ter uma produtividade por alqueire e aumentou a capacidade produtiva do campo goiano. A soja, o milho, o sogro e principalmente, também a cana-de-açúcar, através das usinas de açúcar e álcool, que fez com que o agronegócio brasileiro crescesse muito”, diz.
Já a indústria goiana cresceu 1,3% no segundo trimestre de 2023, comparada ao mesmo período do ano anterior. No estado, a indústria de transformação e os serviços industriais de utilidade pública influenciaram o resultado. Conforme os resultados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), para a indústria de transformação, acumulou no ano um crescimento de 4,4%. O resultado da atividade ocorreu pelo aumento na produção de carnes de bovinos frescos ou refrigerados, carnes e miudezas de aves congeladas e leite condensado.
“Nós tivemos a vinda das indústrias da Perdigão, a indústria do leite cresceu demais, a indústria do frango cresceu muito e agora nós estamos tendo também a indústria da piscicultura, que começaram também a dar um retorno muito grande para o estado. Então Goiás, hoje é praticamente um estado completo. Você tem indústria, você tem o agronegócio pujante, crescendo cada dia mais — e você tem incentivado, principalmente pela Lei Kandir, o agronegócio a indústria, fomentada”, destaca.
Por outro lado, a pesquisa também revelou que resultados negativos ocorreram da indústria extrativa (-5,9%) e da construção civil (-1,2%).
No segundo trimestre de 2023 o setor de serviços em Goiás cresceu 1,9% e no Brasil 2,3%, em relação ao mesmo período de 2022. Os principais resultados positivos no estado vieram das atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (9,8%); de transporte (6,8%) e de artes, cultura, esporte e recreação e outros serviços (5,6%). O comércio, com participação expressiva no setor, encerrou o trimestre com uma taxa de -2,6%.
“Praticamente mais de 60% do PIB do estado de Goiás é regido pela área de serviço. Então se você tem um crescimento econômico, principalmente desses setores, aumenta-se a geração de emprego. E Goiás começa a ter novamente a empregabilidade em índice acima também do índice nacional. Isso é bom para o estado”, completa o economista.
No comércio exterior, o estado exportou um total de US$ 4,167 bilhões, valor 44% superior ao trimestre anterior e importou um valor de US$ 1,248 bilhão, sendo 76,16% maior que no trimestre anterior, totalizando um saldo de US$ 2,919 bilhões na balança comercial. Goiás também manteve a 8ª colocação entre os estados que mais exportaram.
Conforme o levantamento, o complexo soja lidera as exportações goianas com valor total, no segundo trimestre de 2023, de US$ 2,863 bilhões do total exportado pelo estado. Em seguida vem o complexo carne e o complexo minério, com valores de, respectivamente, US$ 541,5 milhões e US$ 383,6 milhões.
Com relação às importações, as principais participações dos produtos foram: produtos farmacêuticos (39,5%) do valor total. Adubos/fertilizantes (17,2%), seguido de veículos e suas partes com (11,4%). Os três produtos representam juntos 68,1% do total de importações do estado no segundo trimestre de 2023.
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