
LOC.: O Congresso Nacional decidiu não votar a Medida Provisória 1303/25, o que levou a proposta a perder a validade. A matéria unificava em 18% a tributação sobre aplicações financeiras a partir de primeiro de janeiro de 2026. O texto também visava aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de algumas instituições financeiras.
Na última quarta-feira (8), a Câmara dos Deputados retirou a MP de pauta. Caso fosse aprovada pelos deputados, a medida também precisaria ser aprovada pelo Senado. Com a decisão do parlamento, alguns tributos são mantidos como estavam.
Entre eles estão os de ações e fundos de ações, em QUINZE POR CENTO; de operações de mesmo dia na bolsa de valores, em VINTE POR CENTO; e de fundos de renda fixa e vários outros produtos de investimentos sem isenção atual, entre VINTE E DOIS E MEIO POR CENTO E QUINZE POR CENTO, conforme o prazo de permanência do recurso investido.
A versão original da proposta apresentava uma expectativa de arrecadação adicional de aproximadamente DEZ BILHÕES E MEIO DE REAIS para 2025 e de VINTE E UM BILHÕES para próximo ano, reduzida para cerca de DEZESSETE BILHÕES, após negociações na comissão mista que analisou o tema.
Relator da MP, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que buscou atender demandas de diferentes setores da economia e de partidos, com o intuito de viabilizar a votação do texto.
Sem contar com esse dinheiro extra, a tendência é que o governo federal faça novo bloqueio nas despesas deste ano, incluindo emendas parlamentares. Para 2026, terá de obter cerca de TRINTA E CINCO BILHÕES de reais no Orçamento por meio de cortes ou novas receitas de outras fontes, como IPI e o próprio IOF, já que esses impostos podem ter alíquotas aumentadas por meio de decreto.
Desde quando a MP começou a tramitar no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar da Agropecuária, a FPA, se posicionou contrária à aprovação do texto que taxava, entre outros pontos, as Letras de Crédito do Agronegócio. Na avaliação do coordenador Institucional do colegiado, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), no fim, quem pagaria a conta seria o cidadão.
Reportagem, Marquezan Araújo