Data de publicação: 28 de Fevereiro de 2022, 19:45h, atualizado em 28 de Fevereiro de 2022, 19:35h
LOC.: Projeção da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, a Anec, revela que as exportações brasileiras de milho devem encerrar o mês de fevereiro em 530 mil toneladas. No mesmo mês do ano passado, o Brasil exportou cerca de 508 mil toneladas.
O presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Cesario Ramalho, acredita que, apesar desse cenário, as variações climáticas devem comprometer o desempenho das safras ao longo do ano.
TEC./SONORA: Cesario Ramalho, presidente institucional da Abramilho
“O efeito La Niña machucou enormemente os três estados do centro-sul, além de uma grande parte do Mato Grosso do Sul. Todos registraram poucas chuvas. O Paraná, por exemplo, que é um grande produtor, está com dificuldades. Mas, é muito importante observar que, apesar de toda a quebra no ano passado, conseguimos atingir uma produção maior do que o consumo.”
LOC.: Ainda segundo Ramalho, outro fator que pode alterar a produção e os preços do milho para o consumidor são os conflitos entre Rússia e Ucrânia.
TEC./SONORA: Cesario Ramalho, presidente institucional da Abramilho
“Os grandes produtores de fertilizantes são países localizados naquela região, como Bielorrússia e a própria Rússia. E esses insumos dobraram de um ano para o outro. Já os defensivos triplicaram. Então, temos essa pressão. A Ucrânia é um país importante, que prende bastante milho na Europa. Se esse país tiver problemas de plantio, o preço do milho pode subir mais ainda no mercado internacional.”
LOC.: O quadro de oferta e demanda da Companhia Nacional de Abastecimento aponta para uma projeção de estoque de milho inicial de passagem de praticamente 9 milhões de toneladas, no início da safra 2021/2022. Ao todo, foram exportadas 2,7 milhões de toneladas em janeiro, com elevação de 16,5% em relação ao mesmo mês de 2021.
Reportagem, Marquezan Araújo