LOC.: Um estudo realizado pela Fiocruz Pernambuco associou a rápida dispersão de algumas variantes do Covid a relatos de reinfecção. Os pesquisadores buscaram verificar quais seriam os reais mecanismos por trás das reinfecções. A hipótese inicial era que as novas variantes se ligavam às células do hospedeiro humano.
Porém, segundo o coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz, Roberto Lins, os anticorpos gerados na primeira onda da pandemia não conseguiram neutralizar eficientemente as variantes de preocupação monitoradas.
TEC./ SONORA: Roberto Lins, pesquisador da Fiocruz.
“O que a gente verificou é que de fato esses anticorpos não eram capazes de se ligar às variantes de preocupação, como o caso de P.1, predominante atualmente no país.”
LOC.: Ainda não há um consenso sobre a duração e a eficácia dos anticorpos produzidos pelo organismo contra o vírus. Mas as novas mutações, na realidade, proporcionaram ao vírus a capacidade de escapar da resposta imune do organismo.
Outro estudo conduzido pela Fiocruz mostrou, ainda, que a segunda infecção por Covid-19 pode provocar sintomas mais fortes do que a primeira.
Segundo o consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, há uma preocupação mundial de que essas variantes possam escapar ao efeito da vacina.
TEC./ SONORA: Julival Ribeiro, consultor da SBI.
“A vacina, apesar de responder a essas variantes, têm sua efetividade diminuída e a grande preocupação do mundo é que com tantas variantes surgindo possa ocorrer um aumento e que elas sejam resistentes a essas vacinas, tornando necessário que a gente tenha que fazer nova vacina.”
LOC.: Segundo a Fiocruz, a Fundação está coordenando ou participando, atualmente, de três ensaios clínicos no Brasil para vacinas contra a Covid-19. Os ensaios clínicos em andamento se encontram todos em fase 3, ou seja, já são estudos multicêntricos que acompanham milhares de pacientes, a fim de verificar a segurança e eficácia dos diferentes possíveis imunizantes.
Reportagem, Rafaela Gonçalves
NOTA
LOC.: Um estudo realizado pela Fiocruz Pernambuco associou a rápida dispersão de algumas variantes do Covid a relatos de reinfecção. Os pesquisadores buscaram verificar quais seriam os reais mecanismos por trás das reinfecções. A hipótese inicial era que as novas variantes se ligavam às células do hospedeiro humano.
Porém, segundo o coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz, Roberto Lins, os anticorpos gerados na primeira onda da pandemia não conseguiram neutralizar eficientemente as variantes de preocupação monitoradas.
Ainda não há um consenso sobre a duração e a eficácia dos anticorpos produzidos pelo organismo contra o vírus. Mas as novas mutações na realidade proporcionaram ao vírus a capacidade de escapar da resposta imune do organismo.
Segundo o consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, a grande preocupação do mundo é que essas variantes possam escapar ao efeito da vacina.
Reportagem, Rafaela Gonçalves