O Senac investe no ensino profissionalizante e colhe bons resultados. Foto: Reprodução/Senac-RS
O Senac investe no ensino profissionalizante e colhe bons resultados. Foto: Reprodução/Senac-RS

Ensino técnico ou profissionalizante: você sabe a diferença?

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que um em cada três empresários do setor industrial considera o ensino profissionalizante o mais importante da educação básica no país

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Estudo e qualificação são palavras-chave quando o assunto é mercado de trabalho. Na definição do Ministério da Educação (MEC), o curso profissionalizante se caracteriza pela qualificação que prepara os estudantes para exercerem atividade profissional reconhecida no mundo do trabalho. Para ajudar os estudantes que têm dúvidas sobre qual caminho escolher, o coordenador de administração do Senac EAD no Rio Grande do Sul, André Rodhe, detalha a diferença entre o ensino técnico e o profissionalizante. 

“O ensino técnico é um pouco mais voltado para o lado acadêmico, enquanto o ensino profissionalizante é mais voltado para prática de mercado. Quando a gente tem o ensino profissionalizante, é um ensino que vai ser voltado muito mais para carreiras específicas, com uma área bem mais técnica e prática.”

Entre as vantagens desse tipo de ensino estão o tempo de conclusão e a empregabilidade. Um levantamento da consultoria Catho destacou as áreas com maior oferta de emprego. No top-3 do ranking elaborado pelo site de classificados de emprego aparecem logística, administração e edificações. 

Ensino técnico a distância 

Na avaliação de André Rodhe, a modalidade a distância, que segundo ele existe desde os tempos das fitas cassete e VHS, cresceu com a evolução da tecnologia. “A Internet das Coisas (IoT) possibilitou esse avanço de comunicação, através de sistemas, câmeras, plataformas e internet, que aumentou muito a velocidade, conseguindo passar para as pessoas em qualquer lugar do mundo, em tempo real, imagens, som e material em alta qualidade e resolução.” 

As vantagens do ensino a distância vão desde o preço até a flexibilidade de tempo e horário. Também não há necessidade de estrutura física para receber os alunos, o que permite que mais pessoas acessem este tipo de estudo. Rodhe ressalta ainda como benefício a liberdade de horário, em que o aluno pode estudar quando e onde quiser, sem grade horário pré-definida. 

Hábitos que foram incorporados à rotina dos alunos por conta da pandemia de covid-19. “A pandemia foi um divisor de águas. Foi um cenário muito ruim olhando pelo ponto de vista de tudo que aconteceu. Mas houve quebra de paradigmas, onde as pessoas começaram a buscar soluções pela internet e se quebrou esse preconceito que existia em relação ao ensino a distância.” 

Incentivo no Congresso 

No Congresso Nacional, parlamentares defendem mais incentivos para democratizar o acesso à educação. Caso da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que enfatiza o quanto a modalidade de ensino tem sido decisiva para a inserção de jovens no mercado de trabalho. A parlamentar cita, inclusive, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que mostra que um em cada três empresários do setor industrial considera o ensino profissionalizante o mais importante da educação básica no país. 

Ensino técnico aumenta chances de jovens entrarem no mercado de trabalho

“Esses dados não deixam dúvidas da importância desse tipo de qualificação para o jovem brasileiro. Eu acredito no ensino técnico enquanto solução para o desafio que temos de integrar socialmente mais de 7 milhões de jovens que não trabalham nem estudam no país, os chamados nem-nem. Neste ano, quando esta Casa discutirá o novo Plano Nacional de Educação para o decênio 2024-2034, precisaremos considerar esse cenário e o ensino técnico como importante solução para a qualificação profissional dos jovens brasileiros.”

Damares Alves ainda ressalta que “ao contrário do que muitas pessoas possam pensar, o ensino técnico não impede, nem exclui a possibilidade de o jovem ingressar e cursar a universidade". "Pelo contrário, ele agrega na formação profissional do jovem e contribui para que ele tenha ainda melhor qualificação profissional", acrescenta.
 

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LOC.: Estudo e qualificação são palavras-chave quando o assunto é mercado de trabalho. Na definição do MEC, o curso profissionalizante se caracteriza pela qualificação que prepara os estudantes para exercerem atividade profissional reconhecida no mundo do trabalho. 

Entre as vantagens desse tipo de ensino estão o tempo de conclusão e a empregabilidade. Nesse quesito, a modalidade de ensino a distância oferece ainda mais vantagens aos estudantes, como explica André Rodhe, coordenador de administração do Senac EAD no Rio Grande do Sul.
 

TEC/SONORA: André Rodhe, coordenador de administração do Senac EAD no Rio Grande do Sul

 “A internet das coisas possibilitou esse avanço de comunicação, através de sistemas, câmeras, plataformas e internet, que aumentou muito a velocidade — conseguindo passar para as pessoas em qualquer lugar do mundo, em tempo real, imagens, som e material em alta qualidade e resolução.” 
 


LOC.: Outros benefícios do ensino a distância são o preço e a flexibilidade de tempo e horário. Também não há necessidade de estrutura física para receber os alunos, o que permite que mais pessoas acessem este tipo de estudo. André Rodhe ressalta ainda que o aluno pode estudar quando e onde quiser, sem grade horário pré-definida.

TEC/SONORA: André Rodhe, coordenador de administração do Senac EAD no Rio Grande do Sul

“A pandemia foi um divisor de águas. Foi um cenário muito ruim olhando pelo ponto de vista de tudo que aconteceu. Do ponto de vista do ensino a distância, houve uma quebra de paradigmas, onde as pessoas começaram a buscar soluções pela internet e se quebrou esse preconceito que existia em relação ao ensino à distância.” 


LOC.: No Congresso Nacional, parlamentares defendem mais incentivos para democratizar o acesso à educação. Caso da senadora Damares Alves, do Republicanos do DF, que cita, inclusive, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria que mostra que um em cada três empresários do setor industrial considera o ensino profissionalizante o mais importante da educação básica no país. Para a parlamentar, o ensino técnico é a solução para o desafio de integrar socialmente mais de 7 milhões de jovens que não trabalham nem estudam no país, os chamados nem-nem.

Reportagem, Lívia Braz