Paciente doa sangue. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Paciente doa sangue. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Dia Nacional do Doador de Sangue é comemorado nesta quinta-feira (25)

Escolha da data é estratégica, pois antecede um período de estoques baixos, a proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano, carnaval e outros feriados, diz Ministério da Saúde

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A diminuição de 10% no número de doadores por conta da pandemia da Covid-19 e a proximidade das festas de fim de ano dão um peso ainda maior ao Dia Nacional do Doador de Sangue, que será celebrado nesta quinta-feira (25). Por isso, hemocentros e unidades de coleta de todo o país se mobilizam para homenagear os doadores, mas também incentivar novos voluntários a participarem desse ato que salva vidas. 

Segundo as autoridades de saúde, o medo disseminado por conta da Covid-19 foi o fator que mais contribui para queda no número de doadores no ano passado. Por conta disso, alguns hemocentros apresentaram redução crítica no estoque de bolsas de sangue e precisaram acionar o Plano Nacional de Contingência de Sangue. Entre eles as hemorredes do Piauí, Santa Catarina e Rondônia, por exemplo. Dessa forma, o Ministério da Saúde teve que remanejar as bolsas de sangue entre os estados para que não houvesse escassez. 

O hematologista Eduardo Monpecelli destaca que as doações se fazem ainda mais importantes com a proximidade das festas de fim de ano, em que mais pessoas viajam e os acidentes se tornam mais frequentes. “A maioria das pessoas viaja de férias para algum lugar e os hospitais não param. Há também a questão do trauma dos pacientes que podem se acidentar. Aumenta a demanda dos hospitais também em transfusões maciças e algumas transfusões de urgência que podem ser solicitadas”, diz. 

Ele afirma que é seguro doar sangue e apela por novos voluntários. “Quando uma pessoa vem doar, ela pode salvar quatro vidas, porque de cada doação a gente consegue retirar, fracionar, quatro hemocomponentes. Então, a gente faz esse pedido de que esses doadores venham pra que a gente consiga manter sempre os estoques e repor os hospitais”, destaca. 

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Covid e doação de sangue

Segundo o hematologista, não há comprovação científica de que haja contaminação por Covid-19 a partir de transfusão sanguínea. Há apenas uma ressalva: o potencial doador tem que esperar 30 dias após a recuperação para se dirigir a uma unidade de coleta mais próxima. 

Quem já tomou a vacina contra o novo coronavírus também tem que esperar um tempo antes de doar sangue. O intervalo varia de acordo com o imunizante que a pessoa recebeu. Confira abaixo: 

  • CoronaVac - 48 horas
  • AstraZeneca - 7 dias
  • Pfizer - 7 dias
  • Janssen - 7 dias

Biomédica e coordenadora do serviço de hematologia no Hospital Santa Marta, Rita Mejias diz que a pandemia trouxe mudanças no processo para doação de sangue em todo o país. “Medidas preventivas foram incorporadas às rotinas dos hemocentros justamente para atender esses doadores de sangue durante a pandemia. Foram criados protocolos na triagem clínica, onde nós visamos a proteção desse doador: afastamento das cadeiras, distanciamento na fila de cadastro, uso de EPIs, atendendo a todos os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, reforça. 

Para saber qual a unidade de coleta mais próxima de você, acesse o site redome.inca.gov.br/campanhas/hemocentros-do-brasil

Dados da Covid-19

O Brasil registrou mais 12.930 casos e 273 óbitos por Covid-19, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 22 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus. Foram vítimas fatais da doença no país 613.339 pessoas. Mais de 21,2 milhões se recuperaram da doença. 

O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação: 5,15%. O índice médio de letalidade do País está em 2,8%. 

Taxa de letalidade nos estados

  • RJ - 5,14%
  • SP - 3,47%
  • AM - 3,26%
  • PE - 3,17%
  • MA - 2,82%
  • PA - 2,78%
  • GO - 2,63%
  • AL - 2,63%
  • CE - 2,59%
  • PR - 2,59%
  • MS - 2,56%
  • MG - 2,54%
  • MT - 2,50%
  • RS - 2,42%
  • RO - 2,40%
  • SE - 2,17%
  • PI - 2,17%
  • BA - 2,17%
  • DF - 2,13%
  • ES - 2,13%
  • AC - 2,09%
  • PB - 2,07%
  • RN - 1,97%
  • TO - 1,69%
  • SC - 1,62%
  • AP - 1,61%
  • RR - 1,59%

Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.   

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