LOC.: Você já ouviu falar em Custo Brasil? Trata-se de um conjunto de dificuldades burocráticas, estruturais e econômicas que atrapalham o crescimento do país, além de influenciar de forma negativa o ambiente de negócios. A estimativa é que o Custo Brasil retire um trilhão e meio de reais por ano das empresas instaladas no Brasil. Isso representa 20,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Economia.
Acabar com o Custo Brasil é um dos desafios da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo que, a partir de 2023, será coordenada pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Segundo ele, um dos trabalhos a serem desenvolvidos para se chegar ao objetivo é preparar as pessoas adequadamente para o mercado de trabalho.
TEC./SONORA: Arnaldo Jardim, deputado federal (Cidadania-SP).
“Todos nós sabemos de uma palavra: Custo Brasil. É o custo da burocracia excessiva. É o custo de legislações que se sucedem. É o custo de uma estrutura logística que muitas vezes tem ineficiência. É o custo do fato de termos uma educação que não é voltada para o trabalho, que não prepara as pessoas para o exercício da sua profissão. São fatores como esse que foram discutidos no Congresso do Brasil Competitivo.”
LOC.: Para tornar o Brasil mais competitivo, o mestre em direito constitucional econômico Rafael Brasil orienta que é importante diminuir o Custo Brasil.
TEC./SONORA: Rafael Brasil, mestre em Direito Constitucional Econômico
“Para reduzir essa distância, é muito importante que o governo facilite a vida do empresariado brasileiro. E uma das formas de fazer isso é desburocratizar os procedimentos de abertura de empresas, facilitar o entendimento acerca da tributação brasileira, ter um país mais leve como um todo.”
LOC.: Em meio aos debates para se tentar reduzir o Custo Brasil, a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, elencou alguns pontos que devem ser levados em conta. Entre eles estão melhorar a carga tributária que hoje é excessiva; modernizar e ampliar a infraestrutura; atrair investimentos; e diminuir o custo de financiamentos.
Reportagem, Marquezan Araújo