Data de publicação: 23 de Junho de 2022, 04:45h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
O desempenho no indicador de quantidade de consultas de pré-natal no Brasil é 25% maior nas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) que contam com a presença de ginecologistas e obstetras no atendimento. Com maior busca ativa, os números também revelam um aumento de 15% no registro de casos de infecções sexualmente transmissíveis (IST), como sífilis e HIV/Aids, em mulheres que realizam consultas de pré-natal durante a gestação, nos locais onde estes profissionais integram a equipe de saúde.
Considerando os municípios brasileiros que têm médicos especialistas vinculados às equipes de saúde, o indicador de quantidade de consultas pré-natal é 43% maior. Já o total de exames realizados nas unidades que contam com ginecologistas e obstetras têm 38% mais procura por parte de mulheres grávidas.
Segundo a enfermeira e Diretora do Departamento de Saúde da Família do Ministério da Saúde, Renata Maria de Oliveira Costa, os dados mostram que a presença de profissionais especializados significa melhor tratamento médico durante a gestação.
“Sabemos que é um momento delicado da vida da mulher e da família. De fato, há casos mais complexos, que muitas vezes precisam de um olhar mais especializado”, ressalta. Renata acrescenta que esse atendimento contribui para identificar eventuais doenças crônicas, além de monitorar a saúde das futuras mamães.
Foi graças à assistência e à orientação de profissionais especializados durante o pré-natal pelo SUS que a estudante Paula Maiara, de 19 anos, moradora do Entorno do Distrito Federal, descobriu que sua gestação era de alto risco.
“Fiz os exames, tudo certinho. Só que aí em um dos exames deu umas alterações, me classificaram como gravidez de alto risco. Então, me encaminharam para Luziânia. Estão cuidando melhor de mim”, conta Paula.
Atualmente, 2,1 mil municípios brasileiros contam com profissionais especializados no atendimento materno e infantil na Atenção Primária à Saúde. Ao todo, são 5,3 mil ginecologistas e obstetras vinculados a 1,3 mil equipes.
Para ampliar esse serviço a até 7,4 mil equipes, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Cuida Mais Brasil, vai reforçar os atendimentos feitos por pediatras e ginecologistas-obstetras na APS. Assim, esse suporte ficará mais perto das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo Brasil.
Cuida Mais Brasil: o que é?
Lançado este ano, o Cuida Mais Brasil é um programa do Ministério da Saúde que vai liberar R$ 169,6 milhões para atendimentos feitos por médicos pediatras e ginecologistas/obstetras na Atenção Primária à Saúde. A iniciativa tem como foco garantir a saúde geral da mulher desde a gravidez até o acompanhamento de crianças recém-nascidas e o cuidado com a infância por meio de ações complementares às equipes da Saúde da Família e Atenção Primária à Saúde.
Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde: gov.br/saude. Ou entre em contato com a Secretaria de Saúde do seu estado.