Construção Civil, Foto: Arquivo/EBC
Construção Civil, Foto: Arquivo/EBC

Construção civil registra melhor desempenho de 2021 em outubro, aponta CNI

O setor é um dos 17 incluídos na lista do projeto de lei que prorroga até 31 de dezembro de 2023 a desoneração da folha de pagamento

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A empregabilidade na construção civil voltou a crescer, após dois meses de resultado negativo. De acordo com levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de evolução do setor, em outubro, ficou em 51,7 pontos, ou seja, acima da linha divisória dos 50 pontos que separam aumento de queda no nível de atividade.

O desempenho é favorável, mas pode ser ainda mais animador, de acordo com o setor, se for aprovado o projeto de lei que estende até dezembro de 2023 a desoneração da folha de pagamento. Por meio de nota, o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SINDUSCON-SP), destaca que um dos maiores desafios da economia brasileira é criar empregos e que esta é uma forma de “reduzir a pobreza, elevar a renda das famílias e aumentar a arrecadação. Daí a importância da aprovação do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia.”

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Na avaliação do especialista em finanças Marcos Melo, manter a desoneração é importante para minimizar os efeitos negativos da pandemia. Para ele, esta é uma forma de dar fôlego aos setores que mais empregam e ainda precisam de medidas como essa para manter as contratações estáveis. 

“O que se pretendeu foi justamente ajudar setores que agregam uma quantidade muito grande de mão de obra, incluindo a construção civil. Estamos percebendo uma melhora, e uma parte dessa recuperação se deve à manutenção da desoneração da Folha. Mas, ainda é preciso continuar durante um tempo, até que se perceba que a economia se recupera de forma consistente”, considera. 

Projeto que prorroga a desoneração

A proposta de prorrogar a desoneração foi recentemente aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Como tramita em caráter conclusivo, poderá seguir para a análise dos senadores, a menos que haja um recurso para a votação em plenário, o que ainda não foi definido. 

Segundo o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), os números de novos empregos podem ficar ainda melhores se a medida for aprovada. “Não aumentando custo da folha, a medida evita o desemprego e cria ambiente para criação de novas vagas caso haja ambiente de crescimento econômico”, defende o parlamentar, que foi relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. 

Setores abrangidos pela medida 

  • calçados
  • call center 
  • comunicação
  • confecção/vestuário
  • construção civil
  • empresas de construção e obras de infraestrutura 
  • couro 
  • fabricação de veículos e carroçarias
  • máquinas e equipamentos
  • proteína animal
  • têxtil 
  • tecnologia da Informação
  • tecnologia de comunicação 
  • projeto de circuitos integrados 
  • transporte metroferroviário de passageiros 
  • transporte rodoviário coletivo 
  • transporte rodoviário de cargas

Importação

A proposta aprovada na CCJ também altera a legislação sobre temas tributários (Lei 12.546/11). A medida aumenta, ainda, em um ponto percentual, a alíquota de Cofins-Importação para um conjunto de produtos. Com isso, a ideia é equilibrar os custos entre bens produzidos no Brasil e no exterior.
 

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