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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) enviou, na segunda-feira (13), um ofício ao Ministério da Saúde em que pede prioridade para a vacinação da terceira dose em todo País, devido ao aumento no número de casos graves entre pessoas idosas já vacinadas. O Conass também pede a suspensão da imunização de adolescentes sem comorbidades.
O documento solicita que além de idosos acima de 70 anos, a população acima de 60 anos, em especial a que vive em instituições de longa permanência e imunossuprimidos, sejam incluídos com urgência no calendário de vacinação da dose reforço, reduzindo de 6 para 5 meses o intervalo em relação à última vacina aplicada, “visando dar prioridade à estratégia de mitigação da persistência de internações e óbitos em todo o País”.
Além disso, o Conselho pede ao Ministério da Saúde autorização imediata para que os estados utilizem o esquema de vacinação heterólogo para aplicação da segunda dose, sistema permitido pela pasta até então apenas para terceira dose. O motivo seria a indisponibilidade da vacina Astrazeneca em algumas unidades federativas, impossibilitando, assim, a vacinação homóloga. Confira aqui o documento na íntegra.
O ministério informou em nota que recomenda a intercambialidade de vacinas Covid-19 apenas para grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca e devem completar o esquema vacinal, e também em casos excepcionais como “quando não for possível administrar a segunda dose com imunizante do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência do imunizante no País. Cabe esclarecer que não há falta de nenhum imunizante no Brasil atualmente.”
A pasta anunciou a necessidade da terceira dose em agosto, porém, informou que ainda não enviou para nenhum estado doses destinadas para este fim. Os locais que já deram início à imunização o fazem por conta própria, e isso influencia na falta de vacinas para aplicação da segunda dose. “Foi recomendado o início da vacinação da dose de reforço apenas quando 100% da população adulta, acima de 18 anos, estiver vacinada. Como ainda não foram enviados lotes para aplicação da terceira dose, a pasta não possui dados em relação a quais estados já deram início à imunização, mas acredito que, em breve, estaremos contabilizando”, informou a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde por telefone. Em relação aos demais requerimentos feitos pelo Conass, a pasta disse que estão sob análise técnica.
O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde divulgou nota nesta quarta-feira esclarecendo que o pedido de priorização à dose de reforço de todos idosos com 60 anos ou mais não exclui a vacinação da população com menos de 18 anos, mas que ela deve "priorizar neste momento aqueles com comorbidade, deficiência permanente e vulneráveis como os privados de liberdade e em situação de rua. Havendo quantitativo de doses suficientes para atender a estas prioridades, deve imediatamente ser iniciada a vacinação dos demais adolescentes”.
O portal Brasil61.com apurou com as Secretarias Estaduais de Saúde a situação dos estados em relação à vacinação da 3ª dose. Confira:
As Secretarias de Saúde de Alagoas, Distrito Federal, Piauí e Rio Grande do Norte informaram por nota que ainda não deram início à vacinação da dose de reforço porque aguardam as doses enviadas pelo Governo Federal.
No Amazonas, a vacinação começou na capital nesta quarta-feira pela manhã, e os contemplados foram os idosos da Fundação de Apoio ao Idoso Doutor Thomas. A secretária Municipal de Saúde de Manaus, Shádia Fraxe, informou uma estimativa de quantas pessoas receberão a terceira dose. “Nós temos uma média de 300 idosos que vivem nessas casas de longa permanência e um público estimado, de 70 anos ou mais, de 68 mil idosos”. O estado possui 27,50% da população totalmente vacinada (com segunda dose e dose única, a depender do fabricante).
O Brasil possui 139.273.434 vacinados com a 1ª dose, que representam 65,29% da população. 75.579.345 é o número de pessoas totalmente imunizadas, 35,43% da população brasileira. O número de doses aplicadas ao todo é de 214.852.779.
Covid no Brasil
O País registrou 731 mortes nas últimas 24h e 13.406 novos casos confirmados, ao todo são 587.797 óbitos, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. O número de recuperados é de 20.108.417.
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