Cai número de acidentes de trabalho na indústria de transformação do Mato Grosso

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Por Cristiano Carlos

O número de acidentes de trabalho na indústria de transformação do Mato Grosso caiu de forma significativa entre os anos de 2015 e 2017, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2017, publicado recentemente pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

Divulgação Internet

No período, as ocorrências tiveram queda de 71% nas indústrias responsáveis por fabricação de vidro, 89% nas produtoras de plástico e 100% nas indústrias responsáveis pela produção de alumínio. No setor de infraestrutura do estado, como a construção civil, a diminuição no número de acidentes de trabalho foi superior a 90%.

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Já em todos os setores do mercado formal mato-grossense, para cada grupo de mil contratos trabalhistas ativos, foram registradas pouco mais de 16 ocorrências de acidentes, nos anos de 2016 e 2017.

Para especialistas da área, esforço das indústrias na prevenção e promoção da segurança e saúde do trabalhador beneficia a cadeia produtiva com a diminuição das ocorrências de acidentes, o Estado com a redução de pagamentos de benefícios e o trabalhador com aumento de qualidade de vida e bem-estar.

“Através de gerenciamento de riscos, eles (empresários) acabam tendo conhecimento dos riscos que estão presentes nesses ambientes de trabalho e, com isso, adotam medidas de controle. Se ele investir, ele reduz os afastamentos, as doenças e os acidentes”, explica o engenheiro de Segurança do Trabalho, do SESI, de Mato Grosso, Kengiro Suezawa.

No Brasil

O número de acidentes de trabalho caiu, durante os últimos anos, em todo o Brasil. De 2008 a 2017, a taxa de incidência no país passou de 22,98 para 13,74 acidentes a cada mil vínculos empregatícios, de acordo com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

Em 2015, as indústrias e empresas nacionais investiram mais de R$ 28 bilhões, apenas com a Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e foram responsáveis pelos custos de interrupção de produção, de substituição de trabalhadores incapacitados e com despesas administrativas de acompanhamento dos acidentes de trabalho junto à Previdência, de acordo com pesquisa publicada pelo Serviço Social da Indústria, o SESI

Além disso, cerca de 88% das empresas do país realizam programas de promoção da segurança no trabalho, com investimentos maiores que o mínimo exigido pelas normas vigentes, e quase 85% realizam monitoramento de aspectos ergonômicos do ambiente de trabalho, ou seja, buscam melhores adaptações de máquinas e equipamentos para promoverem a segurança dos funcionários.

“Cada um tem que fazer usa parte. A obrigação da empresa é fornecer ao trabalhador um ambiente seguro. A obrigação do empregado é seguir as normas de segurança, utilizar os equipamentos de proteção individuais, para que ele não venha adoecer. E, daí a obrigação do Estado, em primeiro momento, é o pagamento dos benefícios”, acrescenta a especialista da Universidade Federal do Mato Grosso, Carla Reita.

Propostas da Indústria

A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, publicou o estudo “Modernização Previdenciária e da Segurança e Saúde no Trabalho”, que faz parte de um conjunto de 43 propostas que foram entregues aos candidatos à presidência da República.

Entre as Propostas da Indústria para as Eleições 2018, está a inclusão de metas em saúde e segurança do trabalho na participação nos lucros e resultados das empresas; o acesso à Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) por meio eletrônico; modernização do sistema de pagamentos de benefícios e que as empresas participem da perícia médica do INSS, entre outras.

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