LOC.: Os brasileiros passam, em média, uma semana por ano viajando. De acordo com o IBGE, em 2021, o tempo de pernoite foi de sete dias. Proporcionalmente, as viagens que resultaram em noites fora de casa aumentaram na comparação com 2019.
É uma ótima notícia para o setor de turismo, que deixou de faturar quase R$ 474 bilhões em 2020 e 2021 por causa da pandemia da Covid-19, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, Magda Nassar, diz que, após o longo período de restrição, os brasileiros estão mais ansiosos para viajar.
TEC./SONORA: Magda Nassar, presidente da ABAV
“As pessoas querem ficar mais tempo fora de casa. O aumento de noites é uma grande prova disso. O brasileiro já é um viajante que tem o costume de ter estadias mais prolongadas e isso afeta diretamente o faturamento, aumentando a receita e, obviamente, o lucro das empresas, principalmente as agências de viagem e toda a hotelaria”.
LOC.: Os nortistas são os que passam mais tempo viajando. Os roraimenses, por exemplo, chegaram a dormir fora de casa por cerca de 19 dias. No caso dos amapaenses, o período médio foi de 17 dias, seguido pelos moradores do Acre e do Amazonas.
Quem vive no Distrito Federal também costuma passar mais tempo viajando. É o caso de Bruna Fernandes, 24 anos. Apenas no ano passado, ela e a família viajaram para seis destinos. Bruna conta que costuma pernoitar, em média, de seis a sete dias em uma cidade.
TEC./SONORA: Bruna Fernandes, jornalista
“O que me motiva ficar fora mais tempo é conhecer mais os lugares que a gente visita, porque dependendo do lugar tem passeios que demandam mais dias para serem feitos. Se é um lugar muito grande pra conhecer, se chegamos tarde no dia da viagem ou vamos embora cedo, a gente normalmente gosta de ficar mais um tempinho para conhecer mais o lugar”.
LOC.: De acordo com o levantamento, os moradores de Sergipe e do Espírito Santo são aqueles que passaram menos tempo viajando no ano passado.
Reportagem, Felipe Moura.