LOC.: Os impactos da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho continuam altos, mesmo com mais de um ano dos primeiros casos da doença no Brasil. É o que mostra um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgado recentemente, com dados do primeiro trimestre de 2021.
O levantamento mostrou duas conclusões principais: a taxa de desemprego ficou 2,3 pontos percentuais acima do resultado do mesmo período de 2020 e o número de pessoas com idade para trabalhar que não buscaram emprego subiu 25%.
Quem explica os resultados é a economista Maria Andreia Lameiras, uma das autoras do estudo.
TEC./SONORA: Maria Andreia Lameiras, economista, Ipea
“O estudo do Ipea mostra que, no primeiro trimestre de 2021, mesmo diante de uma aceleração da economia acima da projetada e de uma expansão da ocupação, o mercado de trabalho brasileiro segue duramente afetado pelos efeitos da pandemia do coronavírus, conjugando uma taxa de desocupação elevada e crescimento da subocupação e do desalento.”
LOC.: Em números absolutos, as maiores taxas de desemprego no primeiro trimestre foram dos estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro.
Morador de Recife, Álvaro de Almeida é uma das pessoas que compõem os dados de desempregados em Pernambuco, região que lidera o índice negativo. Comerciante, ele perdeu o emprego em janeiro deste ano.
TEC./SONORA: Álvaro de Almeida, morador de Recife
“Durante 12 anos trabalhei com venda de veículos, da mesma marca, na mesma empresa. Eu tinha um cargo teoricamente estável dentro da empresa, conseguia ter um bom faturamento, conseguia ter uma boa renda e, de repente, a pandemia mudou tudo.”
LOC.: Apesar das estatísticas preocupantes, o estudo do Ipea mostra que há uma recuperação da ocupação pela frente, o que já vem ocorrendo de maneira mais intensa entre os trabalhadores informais.
O aumento do ritmo de vacinação contra a Covid-19 deve gerar um dinamismo adicional no setor de serviços, que é o grande contratador de mão de obra brasileira.
Reportagem, Alan Rios
Os impactos da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho continuam altos, mesmo com mais de um ano dos primeiros casos da doença no Brasil. É o que mostra um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgado recentemente, com dados do primeiro trimestre de 2021.
O levantamento mostrou duas conclusões principais: a taxa de desemprego ficou 2,3 pontos percentuais acima do resultado do mesmo período de 2020 e o número de pessoas com idade para trabalhar que não buscaram emprego subiu 25%.
Apesar das estatísticas preocupantes, o estudo do Ipea mostra que há uma recuperação da ocupação pela frente, o que já vem ocorrendo de maneira mais intensa entre os trabalhadores informais.
O aumento do ritmo de vacinação contra a Covid-19 deve gerar um dinamismo adicional no setor de serviços, que é o grande contratador de mão de obra brasileira.
Reportagem, Alan Rios